Influenciador perde R$ 1,2 milhão em criptomoedas após comprar carteira Trezor de fonte duvidosa

Sua carteira de hardware da marca Trezor não foi comprada diretamente da fabricante ou de um revendedor autorizado, mas sim de um de seus alunos que com o passar do tempo foi se aproximando do influenciador.

Javier Ferrer, um influenciador financeiro argentino, caiu em um golpe de R$ 1,2 milhão em criptomoedas. O caso envolve a compra de uma carteira de hardware da marca Trezor e a ingenuidade do influenciador.

A história começa em dezembro 2021, quando Ferrer dava mentoria a um grupo de alunos. Um deles revelou ter conhecimento sobre criptomoedas com o passar do tempo, levando o influenciador a entrar neste mercado.

Com mais de 1,3 milhão de seguidores no Instagram, 540 mil no TikTok, e outros 28 mil no YouTube, Ferrer começou a publicar conteúdos sobre criptomoedas em seus canais.

“Há 10 anos, os caras mais ricos do mundo tinham 10, 15, 20 bilhões [de dólares], hoje eles têm 200, 300 bilhões. A criptomoeda é o futuro. Se hoje está em baixa, fica tranquilo, apenas espere”, diz o influenciador argentino em vídeo publicado no final de 2023.

Influenciador perdeu todos seus bitcoins e ethers

Segundo informações do Infobae, o influenciador Javier Ferrer tinha 2 bitcoins (BTC) e 44 ethers (ETH) em sua carteira. Somadas, as quantias chegam a R$ 1,27 milhão.

No entanto, sua carteira de hardware da marca Trezor não foi comprada diretamente da fabricante ou de um revendedor autorizado, mas sim de um de seus alunos que com o passar do tempo foi se aproximando do influenciador.

“[Ele] o incentivou a investir, comprando uma carteira de criptomoedas de hardware da marca Trezor onde as criptomoedas adquiridas ficaram armazenadas”, comentou o responsável por gerenciar as redes sociais de Ferrer, notando que o acusado o ensinou a mexer na carteira.

Embora carteiras de hardware sejam muito seguras, o problema é que essa pessoa teria gerado e guardado as 12 palavras que davam acesso à carteira de Ferrer. A denúncia é que ele teria usado outro aplicativo para mover os fundos.

“O detido supostamente guardou uma cópia dessa chave privada, apesar de Ferrer ter essa carteira fisicamente.”

O furto teria se passado em junho de 2022, mas só agora parece estar ganhando uma direção.

Polícia prende acusado de roubar R$ 1,2 milhão em criptomoedas de influenciador

Segundo a mídia local, a polícia prendeu Adrián B. na terça-feira passada. A operação aconteceu após uma investigação da UFEIC (Unidad Fiscal Especializada en Investigaciones Criminales da Argentina).

No local foram encontradas diversas carteiras da marca Trezor, mesma utilizada por Javier Ferrer, além de outros eletrônicos. No entanto, as criptomoedas do influenciador não foram encontradas, mas sim quantias pequenas.

Carteiras da marca Trezor apreendidas na operação. Fonte: Infobae/Reprodução.
Carteiras da marca Trezor apreendidas na operação. Fonte: Infobae/Reprodução.
Outros dispositivos eletrônicos como computador e smartphones apreendidos na operação. Fonte: Infobae/Reprodução.
Outros dispositivos eletrônicos como computador e smartphones apreendidos na operação. Fonte: Infobae/Reprodução.

Em sua defesa, o acusado diz ter feito uma consultoria com o influenciador por US$ 500 (R$ 2.800), sendo posteriormente convidado para um churrasco onde estavam outros alunos.

“Lá, cada um contava o que fazia e por que estava na reunião. Quando chegou a minha vez de falar, me apresentei, falei sobre meu trabalho, meus estudos e expliquei por que estava na consultoria.”

“Disse que meu pai possui um imóvel e queríamos saber o que fazer com ele, já que ele (Ferrer) trabalha na área imobiliária. E depois começamos a conversar e eu compartilhei meus conhecimentos relacionados às criptomoedas”, continuou.

“Ele me contou que tinha dado dinheiro para o sobrinho comprar NFTs, que eram uns jogos, e que esses jogos tinham uma recompensa que pagava por jogar”, finalizou o acusado de roubar o influenciador.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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