Políciais realizando inspeção em servidores. Fonte: Interpol.
A Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) anunciou nesta quarta-feira (11) que derrubou mais de 20.000 domínios e IPS ligados usados para roubar informações na internet.
Batizada de Operação Secure, a ação contou com o apoio de policiais de 26 países, incluindo Índia, Coreia do Sul, Japão, Hong Kong, Tailândia e Singapura, ou seja, uma operação com foco na Ásia.
Além dos domínios, 41 servidores e mais de 100 GB de dados foram confiscados. No total, 32 suspeitos foram presos.
A Operação Secure foi realizada entre janeiro e abril de 2025. Cerca de 26.000 IPs e domínios estavam sendo investigados e 79% deles foram derrubados pela Interpol.
Em suma, a Organização explica que ‘infostealers’ são malwares usados para roubar diversos dados, incluindo credenciais de navegador, senhas, cookies, dados de cartões de crédito e carteiras de criptomoedas.
Somado a isso, o texto também aponta que esses dados são frequentemente usados para dar início a outros ataques mais perigosos, desde fraudes em geral até implementação de ransomware em empresas.
“20.000 IPs e domínios maliciosos foram derrubados na ofensiva da Interpol contra infostealers.”
“Durante a Operação Secure, forças policiais de 26 países trabalharam para localizar servidores, mapear redes físicas e executar ações direcionadas, prendendo 32 suspeitos ligados a atividades cibernéticas ilegais”, escreveu a Interpol nas redes sociais.
20,000 malicious IPs and domains taken down in #INTERPOL infostealer crackdown
During Operation Secure law police from 26 countries worked to locate servers, map physical networks and execute targeted takedowns arresting 32 suspects linked to illegal cyber activities.
— INTERPOL (@INTERPOL_HQ) June 11, 2025
Cerca de 216.000 vítimas foram identificadas e notificadas para que tomassem ações de segurança, como mudança de senha, congelamento de conta e remoção de acessos não autorizados.
Dos 32 suspeitos presos na operação, 18 estavam localizados no Vietnã, 12 no Sri Lanka e 2 em Nauru, um micro-país na Oceania com menos de 12.000 habitantes.
O líder do grupo, não identificado no comunicado, foi encontrado com mais de 300 milhões de dongs vietnamitas (R$ 63.900) em espécie.
Dada a lista de países que ajudaram nas investigações, sendo 18 na Ásia, incluindo Filipinas, Nepal e Maldivas, e 8 na Oceania, incluindo Fiji, Ilhas Salomão e Tonga, fica visível a concentração do grupo na região.
“A Interpol continua apoiando ações práticas e colaborativas contra ameaças cibernéticas globais. A Operação Secure demonstrou mais uma vez o poder do compartilhamento de inteligência para desmantelar infraestruturas maliciosas e prevenir danos em larga escala a indivíduos e empresas”, comentou Neal Jetton, Diretor de Cibercrime da Interpol.
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