Pelo menos dois jogadores do Sociedade Esportiva Palmeiras perderam milhões em um golpe no mercado de criptomoedas, aplicado supostamente pelas empresas Xlan e Soluções Tecnologia Eireli.
Além disso, a empresa WLJC, que tem o jogador do Fluminente, William Bigode como sócio, é citada no processo como parte da fraude, de acordo com informações divulgadas pela ESPN.
Ao todo, o prejuízo financeiro deixou um rastro de mais de 11 milhões de reais para o lateral-direito Mayke, e o meia Gustavo Scarpa, ex-Palmeiras que hoje atua pelo Nottingham Forest.
Jogadores do Palmeiras movem processo contra golpe de criptomoedas pedindo devolução de valores
Tudo começou em maio de 2022, quando os jogadores do Palmeiras descobriram um novo investimento promissor com criptomoedas. Com promessas de grandes retornos, entre 3,5% e 5% ao mês, os jogadores confiaram grandes fortunas ao esquema.
Contudo, os problemas vieram no momento do resgate de valores, que não foi liberado pelas empresas. Com isso, o caso foi parar na justiça, com as vítimas tentando quebrar o contrato com a empresa que suspendeu pagamentos.
De acordo com a ESPN, a empresa Xland não realizou o prazo determinado em contrato. Além disso, a empresa não tem explicado onde que o dinheiro dos jogadores está, deixando-os sem suporte.
A empresa de William Bigode, WLJC, também é ré no processo, visto que indicou os serviços da Xland e atuou com parceria com a mesma. Na causa movida pelos jogadores do Palmeiras, ela deve responder solidariamente pelos prejuízos causados.
Por fim, a Soluções Tecnologia Eireli tem ligações diretas com a suposta fraude, visto que recebia valores em moeda fiduciária e convertia para criptomoedas. Após a conversão, repassava tudo para a Xland, aponta o processo.
Gustavo Scarpa teve o prejuízo maior
Afastado do Brasil, o jogador Gustavo Scarpa alega ter perdido R$ 6,3 milhões com a ação das empresas. Ele deveria resgatar seu dinheiro em agosto de 2022, mas não conseguiu e move um processo de São Paulo contra o possível esquema.
Já o lateral Mayke, que perdeu R$ 4,5 milhões, também move a causa de um tribunal paulista contra o esquema. Ele deveria sacar seus rendimentos em outubro de 2022, mas também alega impossibilidade de reaver valores.
O Fantástico, da Globo, prepara uma cobertura completa sobre o caso para o próximo domingo (12), onde apresentará as partes e processos.
Ambos os processos judiciais pedem urgência no bloqueio de bens dos suspeitos, para que eles não consigam fugir com o dinheiro das vítimas.
Xland culpa corretora FTX pelos atrasos, mas corretora só quebrou em novembro de 2022
Pelo Reclame Aqui, em uma reclamação que aponta indícios de pirâmides da Xland, a empresa alega que teve problemas com a queda da corretora FTX.
“Devido a toda situação que tivemos com a FTX, tivemos esse atraso, todos os assessores da empresa foram informados e instruídos a repassarem a situação aos clientes, e qualquer dúvida ou esclarecimento está sendo prestado via WhatsApp no setor financeiro da empresa e via e-mail no setor de compliance: compliance@xlandholding.com.”
Contudo, Gustavo Scarpa não consegue sacar valores desde agosto da Xland, indicando que a fala da empresa não coincide com o fim da FTX, que ocorreu apenas em novembro de 2022.