LaLiga criou sala de guerra na Argentina para combater pirataria (Reprodução)
A LaLiga anunciou na quinta-feira (24) uma megaoperação contra um serviço de IPTV famoso na América Latina, contando com apoio do Mercado Livre para encerrar a pirataria na Argentina.
Na ação participou também a Alianza contra la piratería audiovisual, uma entidade que combate a pirataria em toda região e tem como parceiros a Disney, Grupo Globo, Warner, Globosat e outras mais.
Um dos principais alvos da operação foi o provedor de internet UV Mundo Digital, que operava como um ISP registrado na ENACOM e na Câmara CABASE no país. Este provedor mantinha escritórios em Trelew e Rawson na província de Chubut, ofertando assinaturas do MagisTV Pro como um serviço legal, promovendo em lojas físicas e redes sociais.
“Este tipo de operação demonstra que a CABASE é influenciada por alguns ISPs que violam as normas legais relacionadas à fraude audiovisual e outros que se recusam a cumprir ordens judiciais. Estamos muito satisfeitos com a colaboração da ALIANZA e da LALIGA, bem como de entidades como o Mercado Livre, que apoiaram a investigação. Acreditamos firmemente que a colaboração é fundamental para erradicar a fraude audiovisual“, afirmou Javier Tebas, presidente da LALIGA ao público.
Informações divulgadas pela LaLiga na última quinta indicam que a entidade que organiza a primeira divisão de futebol da Espanha segue atenta na Argentina.
No país, foi criada a primeira sala de guerra para o combate a pirataria, reunindo especialistas atentos a crimes.
Durante as operações múltiplas da última quinta, foram realizadas nas províncias de Chubut, Mendoza e Río Negro, com o apoio da Polícia Federal Argentina e das forças locais (DDI San Isidro, DUOF de Gral. Roca, Mendoza, Rawson e Viedma), além da colaboração do Mercado Livre e do Mercado Pago.
“As autoridades também solicitaram a prisão de quatro indivíduos identificados como operadores-chave na distribuição do MagisTV Pro. Esses indivíduos operavam em diferentes partes do país, utilizando contas do Mercado Pago, Naranja X e Binance para receber pagamentos — em alguns casos, acumulando valores superiores a 160 milhões de pesos argentinos“, disse a LaLiga.
Eles indicam ainda que todos os indivíduos presos estavam ligados a venda de contas ilegais por meio de comprovantes bancários e mensagens de aplicativos.
Entre as ações da liga espanhola para combate a pirataria, estão medidas como DNS dinâmico e bloqueio de IPs de sites ilegais.
Além disso, a LaLiga indica que já tem uma ordem judicial contra o Google para remoção de aplicativos de sua loja.
Na Argentina, uma coalização com plataformas de e-commerce tem ajudado no combate, principalmente com o Mercado Livre.
Um estudo da Alianza com dados de 2024 indicam que 12,2 mil pessoas no Brasil perderam emprego por conta de pirataria. Na América Latina, a perda de postos de trabalho supera 35 mil casos.
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