O presidente da Unick Forex, Leidimar Lopes, queria expandir seu negócio para o resto do mundo. Até um grupo da Coreia do Sul ficou interessado na empresa, investigada por crimes contra o sistema financeiro.
Um dos empecilhos que o impedia de ganhar mercado internacional, no entanto, era a presença de seu nome na World-Chek, plataforma que reúne nomes de pessoas e empresas de alto risco.
Por isso, no final de 2018, Lopes decidiu contratar uma empresa de Miami (EUA) para remover o status de seu nome da plataforma, fundada em 2000 para reduzir a incidência de crimes financeiros no mundo.
Presidente da Unick pagou US$ 92 mil para empresa
De acordo com contrato que o portal Livecoins teve acesso, o presidente da Unick pagou US$ 92 mil (R$ 521 mil) para a empresa Bristol Business Management remover o status dele da World-Chek.
A Bristol Business Management, segundo a PF (Polícia Federal), é uma firma norte-americana especializada nas áreas de direito, contabilidade, obtenção de dupla cidadania, mercado financeiro e imóveis.
Veja contrato firmado entre a Unick Forex e a empresa norte-americana:
Status de Leidimar Lopes dizia que ele não poderia atuar no mercado Forex
Na plataforma World-Chek, Lopes estava classificado como pessoa não autorizada para operar no mercado Forex (foreing exchange), que era o carro-chefe da Unick Forex e de Lopes.
Segundo o contrato, a empresa norte-americana se comprometeu a fazer pesquisa, coleta e organização dos documentos necessários para retirar o status de Lopes da database. Além disso, contrataria o advogado que atuaria no caso.
Membros da Unick viviam em Miami
Lopes e os outros membros da suposta pirâmide financeira viviam em Miami, cidade na Flórida conhecida por suas belas praias. Por lá, a Unick Forex criou contas bancárias e fundou empresas para supostamente lavar dinheiro.
Uma dessas empresas era a Iland Experience LLC, dirigida pelo empresário Paulo Sérgio Kroeff.
Réu no processo que corre na Justiça para investigar a Unick Forex, Kroeff era o responsável pela aquisição e direção de empresas para a suposta organização criminosa.
Veja outras reportagens sobre a Unick na nossa série especial #UnickLeaks.