O líder da Gas Consultoria, Glaidson dos Santos, teria captado dinheiro dos clientes para suas contas pessoais e, após converter os valores para Bitcoin, depositou o equivalente a R$ 1,2 bilhão na maior corretora do mundo.
Essa nova informação foi revelada pelo Delegado Leonardo Borges, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que investiga as ações da empresa apontada como um esquema de pirâmide financeira com sede na cidade de Cabo Frio.
Vale notar que a nova informação, revelada pelo delegado em entrevista ao Fantástico, mostra que a empresa estava ocultando os valores recebidos de clientes.
Segundo o agente da polícia civil, os depósitos de clientes iam para contas de pessoas físicas e não da própria empresa. Com essa estratégia ficou mais fácil a manipulação dos valores pelos líderes do esquema, que sumiram com a quantia.
Além disso, nos últimos dias, foi descoberto que a esposa de Glaidson, a venezuelana Mirela Zerpa, sacou R$ 1 bilhão em criptomoedas antes de fugir para os Estados Unidos.
Novas informações reveladas sobre líder da Gas Consultoria apontam que ele investiu R$ 1,2 bilhão em Bitcoin na maior corretora do mundo
Segundo noticiado pelo Fantástico, a maior parte dos valores investidos por clientes da Gas Consultoria foram parar nas contas pessoais de Glaidson dos Santos e de outros líderes do esquema, todos estes sendo investigados pela polícia federal por fazerem parte de uma organização criminosa.
Essa nova informação pode ser reveladora e ajudar a comprovar que a Gas Consultoria era um esquema de pirâmide e não uma empresa de investimentos, visto que o dinheiro arrecadado não estava sendo utilizado em operações para rentabilizar os depósitos, mas sim para gastos pessoais dos líderes.
O delegado da polícia civil do Rio de Janeiro espera que os clientes da empresa comecem a procurar as delegacias para registrar boletins de ocorrência.
De modo geral, ele prevê que haverá uma enxurrada de queixas registradas assim que as vítimas descobrirem que foram alvo de um estelionato.
Em resposta, a defensoria da Gas envio ao Fantástico uma nota simples, negando que Glaidson operasse de suas contas pessoais, além de informar que a empresa não é um esquema de pirâmide.
É possível reaver criptomoedas judicialmente na maior corretora do mundo?
A maior corretora em volume do mundo é a Binance. Suspeita-se que ela é a corretora em que os depósitos foram realizados.
De todo modo, não foi divulgado pelas autoridades o nome da empresa e nem a forma como foi feito do depósito por Glaidson dos Santos, que usava sua conta pessoa física para negociar.
A Binance possui uma central de atendimento exclusiva para autoridades, chamada de “Sistema de Solicitação de Aplicação da Lei da Binance“. Dessa forma, caso as autoridades brasileiras entrem nessa plataforma para solicitar o dinheiro movimentado por Glaidson, a exchange deverá ajudar a reaver as quantias.
O caso da Gas Consultoria segue sob investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, PF e MPF.