Líder de pirâmide com criptomoedas reclama da vida na prisão

Autoridades desmentiram alegações de desconforto do piramideiro.

O ex-líder de uma pirâmide com criptomoedas não tem encontrado conforto em sua vida na prisão, fazendo uma reclamação da sua situação em uma entrevista pública com a CNN nos últimos dias.

O golpe foi criado na Argentina com uma criptomoeda que prometia rendimento de R$ 1 milhão em um ano, levando os investidores a acreditarem em altos lucros rápidos e fáceis.

Como é comum em todos os esquemas, contudo, a situação acabou gerando descontentamento entre investidores e reclamações foram investigadas. O líder do esquema acabou preso e agora diz que sua realidade tem sido dura.

Ex-líder de pirâmide com criptomoedas reclama da vida na prisão

O mercado de criptomoedas passou por um grande movimento de alta nos últimos anos, permitindo o surgimento de vários golpes utilizando sua imagem.

Além de criptomoedas que prometiam ser o “novo Bitcoin”, empresas surgiram com ofertas de rendimentos acima do mercado e associando seus esquemas a esse mercado.

Na Argentina, uma dessas empresas foi a Generation Zoe, golpe que lesou milhares de investidores. Seu líder era Leonardo Cositorto, que chegou a criar empresas de fachada que atuavam na venda de outros produtos além das criptomoedas, que davam legalidade aos rendimentos prometidos.

Preso, ele concedeu uma entrevista a CNN Rosario nos últimos dias, reclamando que sua vida na prisão é dura, tendo de matar pelo menos 10 baratas por dia em sua cela. Além disso, ele alega que tem que dividir o colchão com outros presos e há superlotação na penitenciária.

O preso chegou a reclamar até da suposta falta de papel higiênico para os detentos, que nunca haviam reclamado, segundo Leonardo, com medo de represálias.

Autoridades desmentiram informações de piramideiro profissional

Após as reclamações do piramideiro profissional, o Diario Clarín procurou as autoridades locais para verificar sobre a situação alarmante dos detentos.

Em nota, as autoridades declararam que Leonardo Cositorto mentiu sobre sua vida na prisão, informando que os serviços nas instalações foram fiscalizados. Sobre as baratas no local, as autoridades informaram que houve a prestação de serviços de dedetização recentemente, comprovando não haver baratas no local.

Dessa forma, o detento piramideiro supostamente mentiu para a CNN para aparecer e reacender em seus ex-investidores uma chama de solidariedade quanto a sua situação.

É importante lembrar que grandes donos de pirâmides foram presos em operações policiais em todo o mundo, seja no Brasil ou na Argentina. Com casos de golpes em alta, reguladores correm para aprovar leis para regular este setor.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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