À medida que a aguardada Cúpula do BRICS se aproxima, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, expressou seu apoio inabalável à iminente expansão do bloco. Além disso, Lula pediu o fim do domínio comercial do dólar e criticou o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Durante entrevista a correspondentes estrangeiros, na quarta-feira (2), em Brasília, Lula esclareceu a importância fundamental da adesão às regras estabelecidas para os países que buscam se juntar ao grupo.
Ele enfatizou que qualquer nação que aspire a fazer parte do bloco deve demonstrar seu compromisso com “a conformidade com as regras que estamos estabelecendo”, sinalizando uma postura firme na manutenção da integridade e coesão da aliança.
Mais de 40 países querem entrar no BRICS
Vários membros do BRICS, bloco de países composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, pressionam para a criação de uma moeda comum para que todos evitem o uso de Dólar em transações entre eles.
Assim, mais de 40 países expressaram interesse em ingressar no BRICS e se alinharam aos esforços do grupo para reduzir a dependência do dólar dos EUA no comércio internacional.
No entanto, relatos recentes levantaram preocupações de certos setores sobre o ritmo da expansão. Entre essas vozes discordantes, Brasil e Índia surgiram como as mais ativas.
Lula esclareceu a posição do Brasil sobre o assunto, e embora tenha acolhido a ideia de expansão do BRICS, ele ressaltou a importância de alinhamento aos critérios que o bloco está prestes a definir durante a próxima cúpula.
“Durante esta reunião, podemos decidir coletivamente quais novos países podem se juntar ao BRICS”, afirmou o Presidente. “Acredito que, se os países aderirem às regras que estamos estabelecendo, receberemos sua entrada.”
Ao contrário de alguns relatos que sugerem resistência do Brasil à expansão, as declarações de Lula destacam a perspectiva matizada que o país mantém. Ele articula que a expansão em si não é a preocupação principal; em vez disso, a aderência aos critérios estipulados é o ponto focal.
Enquanto isso, países como Cuba, Argentina, Venezuela, Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, República Democrática do Congo e Cazaquistão já manifestaram interesse em entrar no bloco.
Lula pede fim do dólar
Lula também falou sobre o fim do dólar, reiterando seu chamado para o fim do domínio da moeda norte-americana nas transações internacionais, expressando total apoio à iniciativa dos BRICS.
O líder brasileiro ecoou seus comentários anteriores, destacando a importância de explorar alternativas à moeda americana.
“É uma questão de soberania econômica. Precisamos ter nossa própria moeda para facilitar o comércio entre os países”, afirmou o presidente. “Por que o Brasil deveria depender do dólar para negociar com parceiros como China e Argentina? Devemos ter a capacidade de conduzir nossas negociações em nossa própria moeda”, acrescentou.
A busca por alternativas ao dólar já está ganhando tração em outros países da América do Sul. A Argentina, por exemplo, já iniciou negociações utilizando o yuan chinês, como parte de uma estratégia para reduzir gradualmente a dependência da moeda americana em suas transações comerciais.
Tal movimento alinha-se com os objetivos do BRICS, que buscará discutir a desvalorização do dólar e a possibilidade de introdução de uma nova moeda na próxima Cúpula.
Além disso, espera-se que nações interessadas em aderir ao grupo também endossem as propostas do Brasil para diversificar o sistema de moedas nas negociações internacionais.
Por fim, Lula criticou o Fundo Monetário Internacional (FMI), organização internacional criada para promover a estabilidade econômica global e fornecer assistência financeira a países em crise econômica.
Lula disse que o futuro banco do BRICS deve ser mais generoso que o FMI, que em suas palavras, afunda países, ao invés de ajudar.
“Banco existe para salvar os países, e não para afundar países, como o FMI faz mutias vezes”, concluiu o presidente.
“BRICS colocará um prego no caixão do dólar”, diz Robert Kiyosaki
Robert Kiyosaki, investidor famoso e autor do best-seller de finanças pessoais “Pai Rico, Pai Pobre”, alertou recentemente que a cúpula das nações do BRICS poderá marcar o início do declínio das moedas fiduciárias.
Segundo Kiyosaki, a entrada de novos países no bloco poderá colocar o dólar e o euro em desvantagem, já que os países em desenvolvimento poderão acabar com a dependência do dólar.
Se muitos países abandonarem o dólar e iniciarem transações internacionais com uma nova moeda, o dólar poderá ser enfraquecendo em escala global e não terá meios de financiar seu déficit.
O especialista em finanças também recomendou investimentos em ativos alternativos, como ouro, prata e a principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), como forma de proteção contra as consequências de um possível colapso das moedas fiduciárias.
Ele argumenta que tais ativos possuem uma natureza mais estável e podem proporcionar uma salvaguarda durante períodos de incerteza econômica.
“Colapso gigante chegando. Dinheiro falso — também conhecido como primeira moeda para morrer. Reunião do ‘BRICS’ na África do Sul em 22 de agosto para colocará um prego no caixão do dinheiro fiduciário… falso. Compre ouro real, prata e Bitcoin o mais rápido possível. Tome cuidado. Fim do dinheiro fiduciário (falso) está próximo.” disse, Kiyosaki.