A maior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos, a Coinbase está aumentando gradualmente sua presença no Brasil, com mais um movimento recente chamando atenção.
Isso porque, já está mais que claro que a corretora chegará no país em breve com sua operação, mas ainda não há uma data definida. Mesmo assim, várias vagas de trabalho publicadas pela corretora no país indicam que a equipe para a chegada segue sendo construída.
Regulada, primeira listada na bolsa de valores dos EUA e pioneira no mercado de criptomoedas, fundada em 2012, a corretora deve ser mais uma a mirar presença na América Latina após o boom de adoção vivido pela região a este mercado.
“Rosseta” é uma aplicação lançada pela Coinbase em 2020
Em 2020, a Coinbase publicou o lançamento de sua solução chamada Rosseta, criada pensando em atravessar as dificuldades de integração com as várias blockchains já criadas no mundo.
Para citar algumas das mais famosas estão Ethereum, Solana, Cardano, Binance Smart Chain. No caso da Coinbase com sua aplicação, ela permite uma melhor integração das redes Filecoin, Celo, Near, Oasis, Coda, Ontology, Kadena, Handshake, Blockstack e Sia.
Criada com código aberto e disponível no GitHub, essa solução então luta por uma maior criação de aplicativos chamados cross-chain, ou seja, aplicações com maior interoperabilidade.
“O número de blockchains cresceu dramaticamente nos últimos anos e, com isso, veio uma proliferação de diferentes APIs de nodes e carteiras que podem ser difíceis de navegar. O objetivo da Rosetta é padronizar como interagir com blockchains, tornando mais fácil para qualquer pessoa construir em cima de uma blockchain para uma variedade de casos de uso diferentes.”
Registro do aplicativo da Coinbase no Brasil mostra mais um passo em direção ao país?
E é com essa solução de integração de blockchains que a Coinbase aumenta sua presença no Brasil, visto que a gigante empresa do setor pediu ao INPI o registro da marca no país. Esse pedido de registro foi feito com base ao internacional, seguindo o Protocolo de Madri.
Como o pedido ainda está em fase inicial, está aberto um período para contestações ao registro. Caso aprovado, a empresa colocará mais um registro no Brasil e mostra que segue de olho no mercado do país.
“Provimento de informações de tecnologia na área de blockchain, moeda digital e criptomoeda através de um website; provimento de software de computador online não baixável para uso em configuração e integração de blockchains.”
Vale notar que a Coinbase é parte integrante da blockchain Celo, uma das blockchains da qual a Rosseta dá suporte. Como essa rede já tem uma forte comunidade no Brasil e até uma stablecoin em Real brasileiro, a cREAL, o novo pedido de registro pode ter também relação com essa solução.
De qualquer forma, uma nova ferramenta produzida pela maior corretora dos Estados Unidos busca legalizar sua marca no país para oferecer seus serviços.