Algumas das grandes empresas de tecnologia mundial não parecem estar inclinadas a utilizar a tecnologia blockchain para realizar suas transações, mas de certa forma, o movimento já era esperado.
De acordo com informações do portal Quartz, as maiores empresas de tecnologia do mundo preferem o Federal Reserve dos EUA, conhecido como FED, do que a tecnologia blockchain para pagamentos mais rápidos.
O FED é considerado o Banco Central dos EUA, mas apesar disso ele é uma instituição privada com interesses próprios, que teriam até uma rixa crescente com Donald Trump nos últimos tempos por conta de juros elevados sem a benção do presidente.
O Federal Reserve dos EUA, já elevou os juros dos EUA quatro vezes em 2018, e anunciou que irá fazer o mesmo movimento pelo menos mais duas vezes em 2019. Donald Trump reprova as ações do órgão financeiro do país.
Mesmo com os problemas entre o FED e Trump, empresas como Google, Paypal, Amazon e Microsoft ainda preferem o sistema central dos EUA para transações financeiras em detrimento da tecnologia blockchain.
Isso não é nenhuma novidade até então, e há dois pontos a se analisar nesse aspecto que deve ser além de visões apaixonadas sobre blockchain e criptomoedas.
A primeira é que a tecnologia blockchain é nova e ainda não provou o seu valor a grandes coorporações como uma funcionalidade vantajosa. Empresas visam lucros e processos ágeis, e isso está em jogo com certeza no quesito da preferência das gigantes pelo FED.
Outro ponto é que com a tecnologia blockchain os dados são descentralizados e de mais difícil controle por entidades centrais, e algumas dessas empresas estão envolvidas em compras de dados do Facebook no último levantamento do New York Times realizado no dia 18 de dezembro de 2018. Isso mostra que as mesmas não estão de acordo com as práticas de privacidade que é comum no ambiente de blockchains.
Apesar do movimento contrário de grandes empresas do Vale do silício a adoção da tecnologia blockchain, o Facebook continua avançando rumo a mesma.
O movimento cypherpunk, do qual Satoshi Nakamoto que é o criador do Bitcoin fazia parte, luta contra governos e também contra grandes coorporações, e ver as mesmas se afastando da tecnologia pode ser mais vantajoso do que prejudicial ao cenário das criptomoedas.