Mark Mobius, conhecido pela sua experiência em mercados emergentes, afirmou em conversa no programa Squawk Box que o bitcoin não é um investimento, e sim uma religião e uma forma de diversão.
Além de falar sobre o bitcoin diretamente, Mobius declarou como pensa sobre os banimentos da China em relação a tecnologias, apontando pontos positivos e negativos. Sendo a própria China o maior perdedor desta história, em termos de tecnologia.
Embora Mobius acredite que o Bitcoin vai parar algum dia, a maior criptomoeda do mundo já está viva a 12 anos, crescendo não apenas em poder de compra, como também em adoção e implementação de novas atualizações.
Bitcoin é uma religião
Quando questionado sobre a sua opinião sobre o Bitcoin e outras criptomoedas, Mobius mostrou-se cético com o futuro do BTC, embora tenha ciência da desvalorização das moedas fiduciárias, como o dólar.
Segundo ele, as pessoas estão felizes enquanto este mercado está aquecido, todavia quando ele esfriar, todos estarão em perigo. Mobius acredita que o mercado de ações seja a opção mais óbvia para fugir da inflação, e que vários players voltarão para elas em breve.
“A situação do Bitcoin, e de outras criptomoedas, é religiosa, não é um investimento. As pessoas acreditam nelas, acreditam que ficarão ricas, e está tudo bem enquanto a música estiver tocando, como disse o ex-presidente do Citybank, todos tem que levantar e dançar, porém quando a música parar, então estaremos em apuros. As pessoas não devem olhar para as criptomoedas como um meio de investimento, é um meio de especulação e divertimento, mas no final você tem que voltar para as ações”, disse Mark Mobius
"On the #bitcoin situation and #cryptocurrency situation, it is a religion. It's not an investment, it's a religion," says @MarkMobiusReal on #crypto. "Once that music stops we're going to be in real trouble." pic.twitter.com/U4Ner7JPhi
— Squawk Box (@SquawkCNBC) November 3, 2021
Como o Bitcoin possui uma das comunidades mais ativas do setor financeiro, não é à toa que seja considerado por algumas pessoas como Mobius.
Conforme o Bitcoin não é uma moeda de curso forçado, bem como não possui nenhuma reserva para marketing, sua divulgação sempre foi feita por pessoas que estudam o projeto e dedicam seu tempo para levar conhecimento para outras.
A música não para
Embora Mobius acredite que “a música irá parar”, o Bitcoin vem crescendo há 12 anos e ainda estamos no começo. A grande maioria das pessoas, no mundo inteiro, ainda não tiveram um primeiro contato com a criptomoeda, bem como não sabem de seus benefícios quando comparado a moedas fiduciárias.
Enquanto o BTC hoje ainda é pouco usado como reserva de valor, ele também tem um amplo futuro como moeda conforme mais pessoas começam a utilizá-lo e aceitá-lo como forma de pagamento.
Com isso, a fala de Mobius, sobre o Bitcoin não ser um investimento, pode estar muito errada. O Bitcoin vem sendo o principal ativo na luta contra a inflação, principalmente em termos de educação financeira, feita por estes “religiosos do Bitcoin” que despendem seu tempo para ajudar outras pessoas.