O Estado de Mato Grosso planeja um forte plano de expansão internacional que mira até o setor de criptomoedas para concretizar a situação. Vale lembrar que este é um setor que está para ser regulamentado no país, ou seja, governos poderão trabalhar com as tecnologias em seu cotidiano sem problemas.
A tecnologia das criptomoedas, principalmente do bitcoin, a torna fundamental para planos de internacionalização. Isso porque, como essas são moedas são digitais e registradas seguramente em uma blockchain, em instantes é possível realizar uma transação de qualquer lugar do mundo.
Quando El Salvador tornou o bitcoin uma moeda de curso legal, por exemplo, o presidente Nayib Bukele observou que parte da população saiu do país para trabalhar. Assim, era comum que enviassem remessas financeiras para seus parentes que ficaram, sendo essas caras e demoradas, mas o bitcoin resolveu isso.
Mato Grosso mira criptomoedas e planeja expansão internacional
O Estado do Mato Grosso é um dos mais importantes para o agronegócio brasileiro. Isso porque, nesse território que está a maior produção de soja, milho, algodão e rebanho bovino do país.
Com uma cultura rica, a Comissão de Relações Internacionais, Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Institucional da Assembleia Legislativa de Mato Grosso apresentou, na última terça-feira (3), informações sobre uma convenção que será realizada no dia 2 de junho de 2022.
O objetivo do evento é discutir a expansão internacional do Estado do Mato Grosso, movimento que pode aproximar agricultores e empresas locais de outras mundiais. O presidente da comissão, deputado estadual Gilberto Cattani (PL), informou que o evento será sediado no Teatro Zulmira Canavarros, na capital Cuiabá.
“É o Estado de Mato Grosso se abrindo não só para o Brasil, mas para o mundo”.
Tokenização da produção do estado
Para o debate, serão convidados autoridades estaduais e nacionais, professores universitários e representantes de instituições públicas e privadas. Um dos convidados faz parte de uma empresa de tokenização, que espera pode ajudar a lastrear a produção dos agricultores do estado, tornando essa passível de ser negociada de qualquer lugar do mundo.
O deputado presidente da comissão acredita que essa situação poderia também beneficiar pequenos produtores.
“Através do conhecimento desse processo, podemos criar mecanismos no estado para que os pequenos produtores também possam acessar esse tipo de mecanismo econômico”.
O processo de tokenização envolve a criação de um ativo digital lastreado em algum item físico, normalmente em redes blockchain, também utilizadas por criptomoedas.
Ou seja, é possível que Mato Grosso seja um dos primeiros estados no Brasil a reconhecer o potencial da tecnologia para inovar e abrir suas fronteiras para o mundo digital. Tudo isso, vale lembrar, ainda será discutido nos próximos anos e está em fase de avaliação por uma comissão da Assembleia Legislativa.