O Ministério da Educação (MEC) no Brasil liberou dois servidores públicos com cargo de professores em universidades federais para treinamentos de bitcoin e blockchain em outros países.
De acordo com apuração da reportagem, um dos professores liberados é o Jean Everson Martina, atualmente no Departamento de Informatica e de Estatística e sub-coordenador no LabSEC (Laboratório de Segurança Informática) na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ele irá viajar para o Primeiro Workshop Latino-Americano de Blockchain (LABlock 2025), em Valparaíso (Chile), no período de 24/10/2025 a 30/10/2025, com ônus limitado, diz o Diário Oficial da União.
O professor vai para um evento que promete reunir especialistas na tecnologia de dados distribuídos de todo o mundo. Também da UFSC, a professora de computação Cristina Meinhardt é uma das principais palestrantes, mostrando uma presença importante de brasileiros no evento chileno.
Com promoção do Comitê Especial de Sistemas Tolerantes a Falhas (CE-TF) da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), o evento conta ainda com a participação do professor Vinicius Fulber Garcia, atualmente na Universidade Federal do Paraná (UFPR). O evento se qualifica como Capes A4, e tem como patrocinador principal a empresa Weilliptic, que trabalha com inteligência artificial e blockchain.
Do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília (UnB), o professor José Edil Guimarães de Medeiros também se ausentará do Brasil no período de 27/11 a 08/12/2025 (incluindo trânsito), com ônus limitado.
Ele viaja para participar do Btrust Annual Gathering, Btrust Developer Day e Africa Bitcoin Conference, em Porto Luís (capital de Maurício), no Oceano Índico. A ilha próxima de Madagascar fica no continente africano e mostra que o tema de estudos em bitcoin tem levado brasileiros a percorrer o mundo em busca de maiores conhecimentos técnicos sobre o assunto.
Considerado um dos mais importantes promotores de meetups de bitcoin-only em cidades africanas, o evento reunirá especialistas de todo o mundo. Um dos principais palestrantes do evento Africa Bitcoin será o cofundador e CTO da BlueWallet, Igor Korsakov.
Professores de universidades brasileiras mostram interesse em bitcoin e blockchain, mostrando crescimento do assunto no ambiente educacional do país
Vale destacar que o Brasil é um dos países com maior adoção de bitcoin em todo o mundo, segundo um estudo recente. Além disso, a tecnologia blockchain já conta com adoção em massa pelo próprio governo brasileiro, que possui iniciativas como a b-CPF e b-CNPJ, pela Receita Federal.
Com o interesse dos professores de pelo menos três universidades, como apurado pelo Livecoins, fica claro que o tema tem crescido também no âmbito educacional.
Desta forma, concursos públicos se tornam cada vez mais exigentes sobre o tema, como o de Delegado de Polícia Civil do Rio Grande do Sul, que cobra conhecimentos até em mixers e rastreio de bitcoin.
Por fim, o tema cresce também em outras regiões latinas e africanas, consideradas emergentes e com grande potencial de adoção de bitcoin, principalmente pela parcela desbancarizada da população.