Medo de inflação na Argentina faz Bitcoin disparar

País vizinho ao Brasil vive um momento complicado, principalmente com a pandemia.

O medo de uma inflação descontrolada na Argentina dispara a confiança no Bitcoin como porto seguro. Pelo menos, é o que indica um estudo feito pela empresa Paxful nos últimos dias.

Na América do Sul, a Argentina e Venezuela são os dois principais países a utilizar criptomoedas hoje. A situação econômica em ambos também é complicada, com a população vivenciando a hiperinflação.

Como medida econômica, a inflação é uma medida que corrói o valor do dinheiro. Dessa forma, o poder de compra, com a mesma unidade de uma moeda, é menor com o tempo. Para se proteger do efeito, investidores buscam ativos seguros para aportar suas finanças.

Medo na Argentina com inflação dispara o interesse em Bitcoin como proteção, aponta estudo

A Argentina segue sendo um dos destaques negativos no campo da economia há alguns anos. Com descontrole na inflação, o país vive uma recessão, com piora em meio a pandemia. Além disso, a projeção do PIB é de retração de 12% para 2020.

Vendo uma economia desandar, a população tem acordado para os investimentos. A busca por um “porto seguro” está em alta entre os argentinos, que passam a encontrar nas criptomoedas uma alternativa ao caos.

De acordo com um estudo recente feito pela Paxful Argentina, 73% da população acreditam que as criptomoedas ajudam na economia. A corretora peer-to-peer conduziu um estudo online, que apontou que 69,5% dos argentinos já teriam investido em criptomoedas, pelo menos uma vez.

O principal motivo para investir em Bitcoin teria sido o medo com a inflação, em alta na Argentina. Cabe o destaque que a previsão otimista de inflação para 2020, segundo apontamento recente da Trevisan, é de 45%. Isso indica que 1000 pesos argentinos valerão apenas 550 ARS, caso a estimativa “positiva” se confirme. Isso sem considerar também a depreciação cambial, que vê 1 dólar valer 74 pesos argentinos hoje.

Para Magdiela Rivas, gerente da Paxful na América Latina, houve um aumento na busca por Bitcoin no país. A procura teria tido um maior crescimento principalmente após o início da pandemia.

“Neste ano observamos um grande aumento nas operações realizadas por usuários argentinos em nossa plataforma, principalmente desde o início da pandemia, registrando um aumento de 37,5% no volume em relação aos períodos anteriores”, apontou Rivas

Educação sobre o Bitcoin também cresceu no país

Mais importante que investir, de fato, está a educação sobre os investimentos. Como as criptomoedas são ativos novos, muitos buscam se expor a eles sem conhecer seus fundamentos. Essa realidade, contudo, também está mudando na Argentina, que passou a ver mais iniciativas educacionais no setor.

Além disso, a pesquisa identificou que vários argentinos não investiram no Bitcoin por não conhecerem essa moeda. De acordo com levantamento, 24,2% dos pesquisados afirmou não conhecer os fundamentos dessa moeda. Outros 7,7% afirmaram ter medo de uma moeda nova como o Bitcoin e 12,8% afirmaram não ter recursos para investir.

Foram ouvidos pela pesquisa mais de mil pessoas, na maioria do sexo masculino. Dessa forma, a Paxful apontou que o Bitcoin é uma moeda com potencial de uso em países que vivem alta inflação. Como reserva de valor, o Bitcoin se apresenta como uma alternativa em meio a pandemia que leva negócios e empresas ao ambiente digital.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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