Os países membros do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) voltaram a discutir em uma reunião sobre a adoção da tecnologia blockchain em conjunto.
Desta vez, o debate ocorreu durante a Assembleia Geral da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), em Genebra, na Suíça. O evento, que começou no dia 6 de julho, finaliza na próxima sexta-feira (14).
O representante do Brasil no encontro foi o presidente interino do INPI, Júlio César Moreira. Durante o evento, o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual brasileiro apresenta seu plano estratégico, que vai de 2023 a 2026.
Membros do BRICS aproveitaram para se reunir e discutir sobre as tecnologias blockchain, inteligência artificial e 3D
De acordo com o INPI, durante a Assembleia Geral, também se reuniram os dirigentes dos institutos nacionais de Propriedade Intelectual (PI) dos países que compõem os BRICS.
Os representantes dos cinco países discutiram temas como a disseminação da cultura da Propriedade Intelectual; e as ferramentas de TI, incluindo 3D, inteligência artificial e blockchain.
O INPI, que apresentou os resultados dos estudos sobre depósitos de patentes em 3D, ressaltou a importância da colaboração entre os BRICS para aprimorar o ambiente de PI em seus países.
Vale lembrar que os membros do BRICS também estudam a viabilidade da criação de uma “criptomoeda própria” do bloco, que poderia ter um uso fora do Dólar.
Além de Júlio César Moreira, participam da delegação do INPI na Assembleia Geral da OMPI: os diretores de Patentes, Programas de Computador e Topografias de Circuitos Integrados, Alexandre Dantas; e de Marcas, Desenhos Industriais e Indicações Geográficas, Schmuell Cantanhede; e o coordenador de Relações Internacionais, Leopoldo Coutinho.
INPI recebeu elogios na Suíça
Além dos debates sobre colaboração, o INPI vem apresentando suas prioridades no âmbito do Plano Estratégico 2023-2026, incluindo a contratação de servidores e o investimento em Tecnologia da Informação (TI), com destaque para inteligência artificial, visando otimizar os exames.
Os objetivos definidos pelo INPI para os próximos quatro anos receberam elogios do diretor-geral da OMPI, Daren Tang, que destacou o Brasil como um “grande e importante parceiro”. Ele também parabenizou o país por ter reduzido significativamente o backlog de patentes. Durante o encontro bilateral, foram discutidos temas relacionados a marcas, indicações geográficas e transferência de tecnologia.
Além disso, foram realizadas reuniões com outros representantes da OMPI, incluindo o diretor-geral assistente, Kenichiro Natsume, responsável pela área de infraestrutura e plataformas eletrônicas, e a Divisão para América Latina e Caribe. Durante as atividades, o INPI conta com a participação dos diplomatas do Ministério das Relações Exteriores (MRE).