Mulher no sofá ao fundo, moedas sobre a mesa na frente. Crédito: Che Lee.
De acordo com dados da sexta edição da pesquisa “Raio X do Investidor”, realizada pela ANBIMA em parceria com o Datafolha, menos de 5% dos brasileiros investiam em criptomoedas até o fim de 2022.
Isso porque, apenas 1% das mulheres investiam em criptomoedas em 2021, valor que permaneceu igual em 2022, segundo o levantamento. Já no gênero masculino, 4% investiam em 2021, aumentando para 5% em 2022. Na média, os dados sugerem que menos de 5% da população brasileira investe no mercado cripto.
Os dados compararam a realidade de 2021 com 2022, mostrando que a poupança segue como o investimento preferido da população. O estudo divulgado nesta quarta-feira (8), compartilhado com o Livecoins, apresenta outros dados de investidores.
Enquanto permaneceram com seus investimentos em criptomoedas iguais, na comparação de 2021 com 2022, as mulheres aumentaram sua participação em outros produtos.
De acordo com a ANBIMA, 33% das mulheres declararam ter investimentos em algum produto financeiro em 2022, com alta de 5 pontos percentuais ante 2021.
A nova pesquisa, separada por gênero, é importante para entender como as mulheres lidam com o dinheiro, diz Marcelo Billi, superintendente de Educação da ANBIMA.
“É importante observar o recorte por gênero para que possamos entender como as mulheres estão lidando com o dinheiro, quais são suas dúvidas e preferências e também contribuir para que se sintam mais seguras e tenham mais autonomia na hora de tomarem suas decisões de investimento.”
Na análise do perfil das mulheres que investem, o levantamento mostra que 44% têm ensino médio e 35% têm o ensino superior, com faixa etária concentrada entre 35 e 44 anos (23%) e entre 45 e 59 anos (25%) e metade delas (50%) pertence à classe C.
De acordo com a pesquisa, as mulheres investem com o objetivo principal de ter segurança financeira (47%). Ou seja, é a possibilidade de conseguirem juntar uma reserva que as atraem.
Em segundo lugar aparece o retorno financeiro (23%) e, em um terceiro lugar mais distante, poder retirar o dinheiro sem prejuízo em caso de necessidade (7%).
Sobre o tipo de investimento que usam, tanto homens quanto mulheres mencionam a caderneta de poupança em primeiro lugar, ambos com o percentual de 26%. Entre elas, fundos, títulos privados e compra e venda de imóveis ficaram com 3% das citações cada, o mesmo percentual de guardar dinheiro em casa/colchão.
Os dados revelados pelo estudo mostram assim uma oportunidade para o mercado de criptomoedas, que ainda tem um longo espaço para crescer no Brasil.
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