Enquanto muitos esperavam que o Bitcoin disparasse acima dos US$ 50 mil após a aprovação dos ETFs à vista nos EUA, o mercado surpreendeu e está operando em baixa na última semana. Ao todo, R$ 900 bilhões evaporaram nos últimos 5 dias.
Deste total, R$ 650 bilhões correspondem às perdas do Bitcoin, que enfrentou uma queda de 13% no período. Grande parte dessa correção aconteceu entre quinta e sexta-feira, quando o bitcoin caiu de 49 mil dólares para US$ 41.500.
Por hora, investidores acreditam que a queda seja momentânea e que o suporte na região dos US$ 40.000 seja forte o bastante para que o mercado de alta continue em 2024. Afinal, o Bitcoin valorizou 156% em 2023, fechando 9 dos 12 meses no positivo.
R$ 900 bilhões evaporam do mercado de criptomoedas
Os ETFs de Bitcoin à vista aprovados pela SEC na última quarta-feira (10) podem realmente trazer muito dinheiro para o mercado. No entanto, essa demanda pode demorar para aparecer, frustrando os mais apressados.
Além disso, um dos motivos para a retração do Bitcoin está ligado ao grande fluxo de capital no segundo semestre de 2023. Com a especulação que a SEC aprovaria os ETFs, muitos investidores se anteciparam a notícia e agora estão realizando seus lucros.
No total, R$ 900 bilhões evaporaram do mercado de criptomoedas nos últimos 5 dias. R$ 650 bilhões apenas em Bitcoin, sendo disparadamente o maior projeto do setor.
Outra curiosidade é que o valor de mercado do Bitcoin chegou a US$ 956 bilhões (R$ 4,7 trilhões) na última quinta-feira (11), aproximando-se da marca de US$ 1 trilhão alcançada, e também perdida, em 2021. Caso o bull market continue em 2024, é possível que o Bitcoin volte a ser um ativo trilhonário em breve.
Halving e cortes de juros por bancos centrais podem ser as próximas narrativas do Bitcoin
Agora que os ETFs de Bitcoin à vista foram aprovados nos EUA, investidores já podem começar a olhar para os próximos eventos que podem mexer com o mercado.
O primeiro deles é o halving, que possivelmente ocorrerá no dia 22 de abril. Nesse evento, a recompensa dos mineradores será cortada pela metade, de 6,25 para 3,125 bitcoins, melhorando sua inflação.
Já os cortes de juros por bancos centrais envolvem mais especulação. Dados do FedWatchTool, do CME Group, apontam que o mercado não está esperando que o Fed mexa nos juros na próxima reunião marcada para o dia 31 de janeiro, mas está esperançoso que os cortes iniciem a partir de março.
Por fim, apesar do recuo recente, o gráfico do Bitcoin mostra que ainda estamos em um forte mercado de alta e os dois eventos citados acima podem servir de combustível para o preço continuar subindo como aconteceu em 2023.