O Mercado Livre, famosa empresa argentina que opera no Brasil, comprou mais 157,7 bitcoins no primeiro trimestre de 2025. As informações foram apresentadas em um relatório enviado à SEC na última quinta-feira (8), isso porque a empresa está listada na Nasdaq.
A empresa fez sua primeira compra em 2021, sendo uma pioneira mundial na adoção de Bitcoin. No entanto, só aumentou sua posição agora, quatro anos depois.
Além de Bitcoin, o caixa da empresa também é composto por 3.050 Ether (ETH). Tal quantia que se manteve inalterada.
Mercado Livre compra 157 bitcoins
O Mercado Livre se tornou um dos pioneiros do Bitcoin no Brasil e no mundo. Além da compra de 470 bitcoins em 2021, a empresa também anunciou investimentos na corretora Mercado Bitcoin em 2022.
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Somado a isso, também passou a disponibilizar a compra e venda de criptomoedas através do Mercado Pago. Naquele mesmo ano, o banco já possuia 1 milhão de clientes de criptomoedas no país.
Segundo relatório da Anbima, hoje os bancos são o principal meio pelo qual brasileiros investem em criptomoedas. Portanto, o papel do Mercado Pago tem sido fundamental para essa adoção.
Independente disso, o destaque desta semana é que o Mercado Livre aumentou sua exposição ao Bitcoin pela primeira vez. Ao contrário do que acontece com outras empresas, a compra foi feita sem anúncios, sendo observada em um relatório enviada a SEC.
Enquanto a empresa fechou 2024 com 412,7 bitcoins em caixa, este número subiu para 570,4 bitcoins no fechamento do primeiro trimestre de 2025. Em outras palavras, o Mercado Livre comprou 157,7 BTC no período.
No total, os bitcoins do Mercado Livre estão avaliados em R$ 331 milhões na cotação atual.
No momento desta redação, o Bitcoin opera na faixa dos US$ 103.000. Analistas e executivos do setor acreditam que a criptomoeda pode chegar a valores entre US$ 500.000 a US$ 1 milhão neste ciclo.
Como pode ser visto na imagem acima, a empresa também detém 3.050 ETH (R$ 44,6 milhões na cotação atual), mas a soma não foi alterada. Ao contrário do Bitcoin, o ETH não teve um grande desempenho em relação ao ciclo de 2021 e segue pressionado.
Portanto, a decisão da empresa em aumentar sua exposição em Bitcoin, mas não em Ethereum, pode estar ligada ao desempenho do mercado e à narrativa “apenas-Bitcoin” criada nos últimos anos.
Embora o Mercado Livre não esteja seguindo a mesma estratégia agressiva da Strategy, de Michael Saylor, a empresa latino-americana é a 33ª maior em número de bitcoins em caixa.