Um incidente causado por possível grupo hacker na plataforma do Mercado Livre não afetou os investimentos em Bitcoin disponibilizados pela empresa nos últimos meses.
Como é uma das maiores empresas da América Latina e listada em bolsa de valores, chamou atenção nos últimos dias que ela foi citada pelo grupo Hacker LAPSUS$. Esse mesmo grupo divulgou recentemente que conseguiu atacar grandes empresas pelo mundo, como a Huawei, Samsung e Nvidia.
No Brasil, o grupo que tem atacado e roubado dados das empresas chegou a atacar o Ministério da Saúde, incidente que chegou a parecer um ransomware, mas depois restou explicado que não fora esse o caso.
Quando rouba os dados, é comum que esse grupo chame as empresas para negociar, via criptomoedas, um valor para que informações não sejam vazadas. Ao Livecoins, o Mercado Livre não comentou se houveram tratativas relacionadas a esse assunto.
De qualquer forma, o grupo hacker em seu grupo em um aplicativo de mensagens pediu que os seguidores votem para qual deve ser o próximo vazamento de dados a ser feito publicamente, se é do Mercado Livre, Vodafone ou Impresa, prometendo isso após o dia 13 de março de 2022.
Serviços de compra e venda do Mercado Pago recentemente listados
No final de dezembro de 2021, o Mercado Pago, empresa de pagamentos do Mercado Livre, lançou a opção de compra, venda e reserva de criptomoedas em sua plataforma. Para clientes da empresa essa é apenas uma das opções de investimentos disponíveis.
Outra alternativa que está habilitada para clientes cadastrados e verificados na plataforma é a possibilidade de gerar rendimentos com o saldo parado na conta. Essa empresa tem como principal base de usuários o Brasil, inclusive para os serviços de máquinas de cartão de crédito.
Outros serviços financeiros da fintech do Mercado Livre é o envio de PIX, pagamentos por links, compras de créditos, entre outros mais.
O que diz o Mercado Livre sobre o ataque hacker?
Procurado pela reportagem para esclarecimentos, o Mercado Livre declarou que recentemente foi detectado um acesso não autorizado a parte do código-fonte da plataforma. Com isso, foram acessados os dados de 300 mil usuários, de quase 140 milhões que a empresa tem em sua base total.
Mesmo assim, informações financeiras, de investimentos, como em criptomoedas e outros mais, não tiveram problemas com o possível ataque hacker, garante o Mercado Livre.
“Detectamos recentemente que parte do código-fonte do MercadoLivre Inc. foi sujeita a acesso não autorizado. Ativamos nossos protocolos de segurança e estamos realizando uma análise completa. Embora os dados de aproximadamente 300.000 usuários (de quase 140 milhões de usuários ativos únicos) tenham sido acessados, até agora – e com base em nossa análise inicial – não encontramos nenhuma evidência de que nossos sistemas de infraestrutura tenham sido comprometidos ou que tenham sido obtidas senhas de usuário, saldos em conta, investimentos, informações financeiras ou de cartão de pagamento. Estamos tomando medidas rigorosas para evitar novos incidentes.”