A empresa Meta (ex-Facebook), pediu seu registro no Brasil e acabou citando o Bitcoin no processo, fato que certamente chama atenção, já que a empresa está lançando uma carteira digital. Quando a empresa se chamava Facebook, o foco se voltou para a criação de uma criptomoeda própria, no entanto, os planos não deram certo e ela focou em criar uma carteira para outras moedas.
O projeto inicialmente chamado Libra seria uma moeda stablecoin, com base em uma cesta de moedas de países.
Com governos endurecendo o tom contra o projeto, ele acabou diminuindo seu ímpeto e até mudou de nome para Diem. Contudo, o sonho gradualmente vai ficando distante com a pressão de governos para que a empresa não crie uma moeda própria.
O medo dos governos é perder o controle do dinheiro, principalmente para uma empresa como o Facebook, que tem mais de 2 bilhões de usuários em seus aplicativos, uma grande parcela da população mundial.
Em 2021, no entanto, a rede social indicou que entrará no metaverso e mudou seu nome para Meta, mas os planos de criptomoedas não foram totalmente esquecidos.
No final de dezembro de 2021, a empresa Meta Platforms pediu seu registro de marca no Instituto Nacional de Propriedade Industrial. O pedido em avaliação agora passou a ser público, tendo o prazo de 90 dias para que manifestações contra seu registro sejam feitas no Brasil.
Contudo, o que realmente chama atenção no pedido é o quanto a empresa se preocupou de incluir as criptomoedas. Segundo uma consulta ao processo feita pelo Livecoins, um dos pontos que se destacam no pedido é que o programa terá suporte a “Software de plataforma de carteira para criptomoedas distribuída para uso no processamento de transações financeiras“.
Além disso, o registro da Meta (ex-Facebook) cita o Bitcoin, informando que já um projeto para verificação de transações com a moeda digital. O pedido deixa claro que não está limitado o uso apenas do Bitcoin, mas que outras opções poderiam ser usadas.
“Projeto, desenvolvimento e implementação de software para serviços de verificação de terceiros para transações em moeda digital, incluindo (mas não limitado a) transações envolvendo moeda Bitcoin”.
Outro detalhe que chama a atenção para a chegada da Meta no Brasil é a sua citação de uma possível plataforma virtual para a compra e venda de moedas digitais. Não está claro se essa seria para moedas apenas do Facebook, ou de criptomoedas também.
“Serviços de informática, a saber, criação de um ambiente virtual on-line para a venda e compra de moeda digital, moeda virtual, moeda criptográfica, ativos digitais e de cadeia de blocos, ativos digitalizados, títulos digitais, criptotítulos e títulos de utilidade”.
O pedido da empresa Meta ainda cita várias vezes moedas digitais descentralizadas e de código aberto, indicando que elas deverão ser integradas em sua plataforma. Vale lembrar que nos últimos dias a possibilidade do Facebook e Instagram receberem NFTs aumentou, após um jornal divulgar detalhes dessa operação.
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