Mineração de Bitcoin faz conta de luz ficar mais cara, diz estudo

O estudo mostrou que a mineração de criptomoedas pode elevar as contas de luz, com famílias no norte do estado de Nova York experimentando um aumento anual de US$ 88 em suas contas, cerca de R$ 432.

A Energy Information Administration (EIA), agência governamental norte-americana, anunciou planos para iniciar uma coleta detalhada de dados sobre o consumo elétrico decorrente da mineração de criptomoedas nos Estados Unidos.

A partir de fevereiro, mineradoras de Bitcoin e outras criptomoedas serão pesquisadas para fornecer informações sobre seu uso de energia, num esforço para esclarecer como a atividade está afetando o sistema energético americano como um todo.

Em comunicado oficial, a agência expressou a intenção de aprofundar a análise sobre as implicações energéticas da mineração de criptomoedas. O foco estará na evolução da demanda por energia, na identificação de regiões com alto crescimento dessa demanda, e na quantificação das fontes de eletricidade usadas para sustentar tal atividade.

Mineração de Bitcoin faz conta de luz ficar mais cara

O consumo de energia pela mineração de criptomoedas é notório por seu volume: em 2023, a mineração global de Bitcoin consumiu 121,13 terawatts-hora, um número que rivaliza com o consumo elétrico de toda a Holanda.

Essa demanda vem principalmente do processo de mineração, que envolve a resolução de complexos cálculos matemáticos por computadores especializados, que funcionam ininterruptamente e geram uma quantidade significativa de calor, exigindo sistemas de refrigeração que também consomem muita energia.

O Ethereum, segunda criptomoeda mais popular do mercado, conseguiu reduzir suas necessidades energéticas após uma atualização conhecida como “Merge” em 2022. Contudo, a demanda por energia tende a crescer em períodos de alta no valor do Bitcoin, incentivando mais mineração.

Este aumento na demanda por energia, de acordo com um estudo da Universidade da Califórnia e da Universidade de Chicago, faz a conta de luz ficar mais cara.

O estudo mostrou que a mineração de criptomoedas pode elevar as contas de luz locais, com famílias no norte do estado de Nova York experimentando um aumento anual de US$ 88 em suas contas, cerca de R$ 432.

Governo americano quer saber quanta energia a mineração de Bitcoin usa

De acordo com o governo americano, o impacto do aumento na mineração de criptomoedas pode ser sentido mais agudamente durante períodos de alta demanda energética, causados por condições climáticas extremas.

Isso pode levar a picos de demanda que estressam a rede elétrica, resultando em preços mais altos e até em apagões.

Nesse contexto, a EIA busca entender melhor os efeitos da mineração de criptomoedas no sistema energético e no mercado. A pesquisa poderá fornecer dados para mitigar impactos negativos, oferecendo a governos e consumidores informações para tomar decisões mais informadas sobre o consumo de energia.

“Pretendemos continuar a analisar e escrever sobre as implicações energéticas das atividades de mineração de criptomoedas nos Estados Unidos”, disse o diretor da EIA, Joe DeCarolis.

“Vamos nos concentrar especificamente em como a demanda de energia para a mineração de criptomoedas está evoluindo, identificar áreas geográficas de alto crescimento e quantificar as fontes de eletricidade usadas para atender à demanda de mineração de criptomoedas.”, finalizou.

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Vinicius Golveia
Vinicius Golveia
Formado em sistema da informação pela PUC-RJ e Pós-graduado em Jornalismo Digital. Conhece o Bitcoin desde 2014, atuando como desenvolvedor de blockchain em diversas empresas. Atualmente escreve para o Livecoins sobre assuntos de criptomoedas. Gosta de cultura POP / Geek. Se não estiver escrevendo notícias relevantes, provavelmente está assistindo alguma série.

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