Mineração de Bitcoin precisa de sete usinas nucleares

Ou então 21 milhões de painéis solares.

A mineração de Bitcoin precisa de muita energia para seu funcionamento, principalmente em 2020. Isso porque, um estudo recente apontou que cerca de sete usinas de energia nuclear seriam necessárias para abastecer essa rede.

Cabe o destaque que o Bitcoin não tem uma entidade central que o controle. Dessa forma, a mineração é responsável pela validação das transações e segurança da rede. Quanto maior a segurança, mais energia a rede consome.

E no ano de 2020 o consumo da rede Bitcoin aumentou, com a taxa de hashs alcançando altas históricas. Quando a métrica sobe, normalmente o preço do Bitcoin tende a se valorizar. Isso indicaria que mineradores estão tendo mais interesse na tecnologia.

Estudo da Universidade de Cambridge aponta que mineração de Bitcoin precisa de sete usinas nucleares para funcionar hoje

A mineração de Bitcoin é uma atividade essencial para o funcionamento da maior moeda digital do mundo. Isso porque, o algoritmo de consenso do Bitcoin exige uma prova de trabalho (Proof of Work).

Para realizar essa atividade, que garante segurança às transações, máquinas especiais são utilizadas. Utilizando placas gráficas, o consumo energético de uma placa pode ser alto em relação ao seu retorno.

De acordo com o portal Engadget, o custo de mineração de 1 Bitcoin em março era de U$ 7500. Com o preço do Bitcoin hoje, em torno de U$ 11400, os mineradores ainda teriam U$ 3900 de lucro.

O Engadget ainda citou o estudo da Universidade de Cambridge, publicado na última segunda-feira (24). Nele, ficou claro que a energia gasta com a mineração de Bitcoin precisa de muita energia para seu funcionamento hoje.

As estimativas apontam que o Bitcoin usa 7,46 GW para funcionar. Isso seria o equivalente a sete usinas nucleares, ou 21,8 milhões de painéis de energia solar. O estudo apontou que mais de 60% da mineração de Bitcoin hoje está sendo feita por empresas da China.

Custo deve aumentar e pressionar mineradores

Especialista em análise do criptomercado, a agência BitOoda publicou um estudo em julho de 2020. Nele, os analistas apontaram que o custo da rede Bitcoin deve ser maior nos próximos meses. A explicação seria porque há um movimento de modernização das máquinas que mineram Bitcoin.

Com a chegada da nova geração, que provavelmente será mais eficiente na corrida pelo ouro digital, o consumo energético pode aumentar. Os analistas da BitOoda estimaram que o Bitcoin deve continuar com o preço em alta para a mineração ser vantajosa.

Ambos os estudos, da BitOoda e da Universidade de Cambridge, estimaram que o custo da energia gira em torno de U$ 0,3 para a maior parte dos mineradores. Vale destacar que o Bitcoin é uma tecnologia nova, sendo totalmente descentralizado.

A identidade e localização exata dos mineradores é um mistério, e muitos usam VPN para ocultar seus locais. Mesmo assim, o mapa de países que mineram Bitcoin feito pela Universidade de Cambridge aponta que o Brasil gera 0,03% da força computacional mensal ao Bitcoin, valor irrisório, que poderia ser justificado pelo alto custo da energia no país.

Mapa de mineração mensal do Bitcoin feito pela Universidade de Cambridge
Mapa de mineração mensal do Bitcoin – Fonte: Universidade de Cambridge

Na região sul-americana, os destaques ficaram para o Paraguai e Venezuela, com 0,22 e 0,46% respectivamente. Contudo, esses países ainda são pequenos em relação à China (71,70%), Rússia (6,08%) e EUA (5,29%), três maiores do ramo.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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