Mineração de bitcoin usa energias diversificadas e consome menos que o ouro

Dados apresentados por estudo da Cambridge mostram como mineração tem se saído.

Uma atualização de dados sobre a mineração de bitcoin pelo mundo revelou que a moeda digital utiliza muito mais energias diversificadas após o banimento da mineração na China, revelando uma diminuição na pegada de carbono na atividade de mineração..

Há alguns anos, o bitcoin enfrenta uma forte pressão de críticos que afirmam que a criptomoeda seria um desperdício de energia.

Isso porque, para que as transações da rede sejam validadas, os mineradores utilizam equipamentos próprios que consomem energia para funcionar. Além disso, essas instalações costumam recorrer ao uso de máquinas de refrigeração.

Por outro lado, a comunidade bitcoin defende que isso é importante para que o mundo tenha uma moeda digital descentralizada e segura, em que todos poderiam se beneficiar.

O debate reacendeu com o Ethereum migrando seu consenso de Proof of Work para Proof of Stake, jogando para a mineração de bitcoin mais pressão.

Mineração de bitcoin utiliza energias de várias fontes e seu consumo e menos da metade do ouro

A Cambridge CBECI, divisão da faculdade do Reino Unido que estuda a rede bitcoin e sua mineração, liberou um novo estudo nesta terça-feira (27) sobre como está sendo a emissão de gases poluentes da rede do bitcoin ao utilizar diferentes formas de energia.

De acordo com o levantamento, desde a saída da China do setor a pegada ambiental do bitcoin foi consideravelmente reduzida, indicando uma melhor alocação de recursos.

Isso porque, como a atividade se espalhou por mais países agora são utilizadas diferentes formas de energia, não apenas Carvão como era no território chinês.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o uso de energia nuclear é um que aumentou, enquanto em outros territórios o uso de hidrelétricas se tornou mais presente. Ou seja, desde 2021 o bitcoin reduziu consideravelmente sua emissão de gases estufa, sem perder eficiência na segurança da rede, com o hashrate ainda em um nível alto.

Os dados da Cambridge ainda mostram que a emissão de gases estufa do Bitcoin é de cerca da metade da mineração de ouro.

“Colocando em perspectiva nossa estimativa, 48,35 MtCO 2 e representa aproximadamente 0,10% das emissões globais de gases de efeito estufa e é semelhante à de países como Nepal (48,37 MtCO 2 e) e República Centro-Africana (46,58 MtCO 2 e), ou cerca de metade da mineração de ouro (100,4 MtCO 2 e).”

Além do uso de diferentes energias, o estudo apontou que o uso de máquinas com maior eficiência energética contribuem para a queda na poluição gera pela maior moeda digital do mundo.

Na comparação com países, Bitcoin produz milhares de vezes menos que Brasil

O Bitcoin ainda foi comparado com os 30 maiores países poluentes do mundo, ranking em que o Brasil ocupa a sexta posição.

Nessa comparação, o bitcoin surge na última posição com um gráfico que mostra que seu consumo elétrico de fontes de gases estufa não é um dos maiores do mundo.

Bitcoin produz milhares de vezes menos gases de efeito estufa que o Brasil
Bitcoin produz milhares de vezes menos gases de efeito estufa que o Brasil. Fonte: Cambridge CBECI

Além do Brasil superar o bitcoin na emissão de gases poluentes, na América Latina a Argentina, Venezuela e Chile são outros países que poluem muito mais segundo o estudo.

De qualquer forma, essa comparação com países coloca o bitcoin no mesmo nível dos pequenos países de Nepal e República Centro-Africana, essa última que adotou a moeda digital em seu território.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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