A mineração de Bitcoin é uma atividade essencial na rede, pois garante a segurança e a geração de novas moedas. Mesmo sendo possível obter uma recompensa pela atividade, uma mineradora de Bitcoin que atua no Texas (EUA), tem sido paga para não minerar moedas.
No início de maio o halving afetou a atividade de mineração de Bitcoin, reduzindo a recompensa na geração de blocos pela metade. Com alguns mineradores desligando suas máquinas, a dificuldade em se criar bitcoins caiu 6% nos últimos dias.
Outra consequência sentida por quem precisa da rede Bitcoin é o aumento nas taxas de transação. Algumas transações passaram a ser feitas por valores altos como, por exemplo, R$ 30 pagos em uma única transferência. A rentabilidade dos mineradores, cabe o destaque, é onde está o principal foco de quem realiza a atividade.
Uma mineradora de Bitcoin tem sido paga para não minerar novas moedas, como funciona isso?
O conceito de mineração de Bitcoin é um dos mais importantes para quem pretende entender mais sobre as criptomoedas. Isso porque, além de ser a atividade responsável pela segurança da rede, é também através dela que se encontram nova moedas.
Em resumo, o Bitcoin é uma moeda descentralizada, sendo assim, são vários os interessados em encontrar essa moeda. Apesar de grande parte da mineração estar na China, país com energia barata e clima amigável, há operações espalhadas pelo mundo todo.
No Texas, por exemplo, está a mineradora de Bitcoin Layer1, startup que utiliza energia eólica para minerar BTC. Além disso, a região onde a Layer1 está posicionada também possui abundância de gás natural, sendo propícia à atividade de minerar Bitcoin no local.
Em outro ponto, mesmo após o halving ter passado, a Layer1 continua a ter uma taxa de retorno alta sobre seus custos. Com o preço do Bitcoin em torno de U$ 9100, a empresa ainda pode lucrar 90% ao encontrar uma moeda digital na rede, devido aos baixos custos energéticos.
Chamou atenção da Forbes, entretanto, que a Layer1 tem sido paga para não minerar Bitcoin, mesmo com todas as condições favoráveis ao negócio. A explicação é uma só, é melhor vender a energia do que gastá-la com Bitcoin nessa época do ano.
Calor do Texas favorece empresas que geram energia
O Texas é um dos estados dos EUA que mais faz calor durante o verão do país. Com altas temperaturas, as pessoas aumentam o consumo de ar-condicionado, consequentemente, demandam mais energia das redes.
Como o custo de produção de energia no estado é relativamente baixo, é interessante repassar a energia produzida aos moradores. A Layer1, apesar de ter seu foco como uma mineradora de Bitcoin, é uma das empresas que aproveitam a época para fazer um lucro extra sobre sua produção de energia.
Dessa forma, a empresa afirmou para a Forbes que desliga suas máquinas de mineração de Bitcoin feliz. O CEO e cofundador da empresa, Alex Liegl, afirmou em entrevista que a “Mineração de Bitcoin é converter eletricidade em dinheiro”.
Contudo, com alta demanda pela eletricidade, a empresa lucra mais do que minerar, logo opta por desligar suas máquinas. Como os mineradores de Bitcoin são movidos por rentabilidade, o momento é oportuno para destacar os potenciais das fazendas de Bitcoin.
A Layer1 ganhou fama por ser apoiada pelo bilionário Peter Thiel (52), famoso por ter sido cofundador do Paypal. Além disso, é um dos primeiros investidores do Facebook, tendo feito fortuna com a venda de ações da companhia. A riqueza de seu apoiador hoje, de acordo com a Forbes, é estimada em U$ 2,3 bi, ou R$ 12,78 bilhões.