Mineradoras americanas de Bitcoin seguem com problemas na importação de equipamentos

Embora a Bitmain tenha lançado uma linha de produção nos EUA, é difícil acreditar que eles conseguirão manter os baixos custos de produção que tinham na China. Tal exemplo mostra porque a guerra comercial de Trump deixa o mercado inconfortável.

Durante sua campanha, Donald Trump afirmou que todos os bitcoins deveriam ser feitos nos EUA. No entanto, mineradoras continuam enfrentando problemas na importação de equipamentos e, além disso, seus custos podem aumentar.

Isso porque Trump começou uma guerra comercial com outros países, especialmente a China, onde as ASICs mais eficientes do mercado são produzidas.

Embora o presidente americano tenha afirmado que a China é o maior concorrente tanto em mineração quanto em IA, a indústria de mineração só está a salvo porque o país asiático baniu a atividade em maio de 2021.

Caso contrário, é possível que a China ainda fosse líder na mineração de Bitcoin.

Equipamentos de mineração importados da China sofrem atrasos

Segundo a Bloomberg, as entregas de produtos da Bitmain, maior nome de ASICs para mineração de Bitcoin, estão sofrendo atrasos. O motivo seria o aumento da fiscalização alfandegaria dos EUA.

No entanto, esses relatos estão acontecendo desde novembro do ano passado, antes de Trump vencer as eleições. Na data, alguns executivos falavam em atrasos superiores a 30 dias e citaram a ligação entre a Sophgo e a Bitmain.

“A Alfândega dos EUA começou a inspecionar aleatoriamente quase todas as máquinas de mineração de Bitcoin transportadas por via aérea há cerca de três meses”, disse Nuo Xu, fundador da China Digital Mining Association, à Bloomberg, notando que as autoridades estão pedindo por certificados de origem.

Outro ponto que enfraquece os EUA nessa corrida são os impostos. Além das taxas de 25%, criadas durante o primeiro governo de Trump, o presidente americano estipulou um acréscimo de 10% nessas tarifas sobre produtos da China no início deste mês.

Conforme a indústria de mineração é muito competitiva, especialmente porque há um limite de novos bitcoins criados mesmo com o aumento do poder computacional, é possível que mineradores busquem outros países para sediar suas operações.

Afinal, são as empresas, aquelas que receberam promessas de que os EUA seriam o polo da mineração, que arcam com esses custos.

O que poderia amenizar essa situação é a produção dessas ASICs em solo americano. Como exemplo, é notado que a Bitmain lançou uma linha de produção nos EUA em dezembro do ano passado.

“A BITMAIN está empolgada em anunciar o lançamento de sua nova linha de produção nos Estados Unidos. Essa estratégia visa oferecer tempos de resposta mais rápidos e serviços mais eficientes aos clientes da América do Norte”, escreveu a empresa em dezembro.

Bitmain, fabricante chinesa de ASICs de Bitcoin, começou a produzir equipamentos em solo americano. Fonte: X.
Bitmain, fabricante chinesa de ASICs de Bitcoin, começou a produzir equipamentos em solo americano. Fonte: X.

De qualquer forma, é difícil acreditar que essa gigante conseguirá manter seus custos de produção tão baixos quanto são na China. Ou seja, a solução pode gerar alguns empregos nos EUA, mas continuar punindo mineradoras.

Por fim, esse exemplo também ajuda a explicar porque a política agressiva de tarifas do governo Trump está incomodando o mercado financeiro, incluindo o de criptomoedas.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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