Mineradoras de Bitcoin listadas em bolsa possuem R$ 21 bilhões em dívidas

Um levantamento da Hashrate Index aponta que as grandes mineradoras de Bitcoin estão em apuros. No total, é estimado que elas possuam R$ 21 bilhões (US$ 4 bi) em dívidas, um número preocupante quando comparado ao capital das mesmas.

A maior delas pertence a Core Scientific, mineradora que declarou falência na última quarta-feira (21). Sua dívida ultrapassa os R$ 7 bilhões (US$ 1,33 bi), mas não é a única que contraiu dívidas em prol da expansão.

Outras nove mineradoras completam a lista, muitas delas com desempenhos aterrorizantes no preço de suas ações, que, em média, perderam mais de 90% de seus valores nos últimos doze meses.

O custo da expansão

Mesmo com o Bitcoin em queda, diversas mineradoras pegaram empréstimos para alavancar suas atividades. Com lucros reduzidos, a festa parece ter chegado ao fim, restando apenas o pagamento desta conta bilionária.

Enquanto a Core Scientific deve R$ 7 bilhões, a Marathon aparece com uma dívida de R$ 4,5 bilhões. Na sequência, outras oito gigantes aparecem com passivos que variam entre 600 milhões e 1,15 bilhão de reais.

Maiores dívidas das mineradoras de Bitcoin. Fonte: Hashrate Index.

Conforme a maior delas já declarou falência, investidores agora estão preocupados com as outras, temendo que o mesmo possa acontecer. Outro ponto que contribuiu com a crise foi o abandono do PoW pelo Ethereum, retirando uma fonte de receita secundária destas gigantes.

Seguindo, a Hashrate Index aponta que a razão de dívida/capital é preocupante para diversas mineradoras, novamente apontando os excessos deste setor.

“Na maioria das indústrias, uma relação dívida/capital de 2 ou mais é considerada arriscada, mas idealmente deveria ser substancialmente menor na volátil indústria de mineração de bitcoin.”

Razão dívida/capital de corretoras de criptomoedas. Fonte: Hashrate Index.

Por fim, o artigo nota que várias mineradoras já estão reestruturando suas dívidas, buscando uma saída para a confusão em que se meteram.

Risco para o Bitcoin?

Vale notar que isso não representa nenhum perigo ao Bitcoin. Afinal, o processo natural é que estes equipamentos de mineração apenas mudem de mãos conforme problemas se intensificam. Ou seja, serão provavelmente vendidos com grandes descontos, mas para outros mineradores.

Sendo assim, os sobreviventes devem ser aqueles que possuem as melhores estratégias financeiras, incluindo uma contabilidade livre de dívidas durante o mercado de baixa.

Em suma, essa é uma boa lição sobre tomar cuidado em expansões durante a euforia de mercados de alta. Claro, é necessário aproveitar as oportunidades, mas também é preciso de um plano de saída.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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