Moeda única do Brasil e Argentina não é boa ideia, alerta defensor do bitcoin

Para entusiasta do bitcoin, a moeda digital não deve se recuperar no momento, embora a oportunidade de compra seja real.

Para o Head de Educação da Liberta, Fernando Ulrich, a moeda única entre o Brasil e a Argentina, cogitada por Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, e pelo presidente da Argentina, não é uma boa ideia.

Em uma coluna de opinião em abril de 2022, Fernando Haddad publicou na Folha de São Paulo, em conjunto com Gabriel Galípolo, a ideia de integrar os países sul-americanos, cuja criação de uma moeda única poderia acelerar o processo.

Já em uma recente reunião do Mercosul, o presidente argentino defendeu a criação de um Banco Central da América do Sul, conforme informações do Estadão.

Em 2019, o ex-ministro da Economia de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, também ventilou a discussão de se criar uma única divisa entre países da região, mas a sugestão do “peso real” não evoluiu.

De qualquer forma, tudo indica que a criação da polêmica moeda segue em alta e deve ser melhor discutida.

Entusiasta do bitcoin não acredita que moeda única entre Brasil e Argentina seja boa ideia

Fato é que o debate sobre a criação de uma moeda única entre países da América do Sul tem suscitado dúvidas entre investidores brasileiros.

Um deles enviou uma pergunta para Fernando Ulrich, conhecido por ser apoiador do bitcoin de longa data.

E segundo o executivo da Liberta, um dos maiores escritórios da XP Investimentos no Brasil, Ulrich disse que a ideia não é boa, nem a apresentada por Guedes, nem por Haddad.

Segundo sua visão, são países com políticas fiscais totalmente diferentes, que não teriam união no sentido. A união apenas monetária poderia similar aos problemas vividos na região do Euro, com a diferença que na América do Sul não há países com uma história de estabilidade financeira.

Para Ulrich, a Europa se beneficia por contar com países como Alemanha, Áustria, entre outros, que financiam os países menos desenvolvidos do continente. Na região sul-americana, todos são países fracos e com história de inflações altas.

Uma solução viável sobre o assunto, de acordo com Fernando Ulrich, seria adotar o Dólar na economia. O economista austríaco entende ser difícil o movimento, mas que seria melhor que uma moeda única da região.

“Bitcoin não deve se recuperar em 2023, mas oportunidade de compra é interessante”

Investidor há anos de bitcoin, Fernando Ulrich não acredita que o mercado deva se recuperar ainda em 2023.

“Eu não espero nenhuma grande movimentação em 2023, principalmente devido ao cenário macro desafiador. Talvez em 2024, algum vislumbre mais claro de queda de juros, eu acho difícil vermos isso tão cedo, posso estar errado, mas aí pode ser mais provável, esse ano não conto com isso.”

Segundo ele, ainda pesa um fator de players negativos do mercado de criptomoedas, que atrapalharam o setor com golpes e fraudes.

Mesmo assim, Ulrich reconhece que planeja aumentar sua posição em bitcoin durante a baixa do mercado, visto que segue confiante no longo prazo da moeda.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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