Movimentação das baleias de Bitcoin têm sido atípica, diz Glassnode

Estudo apontou que as baleias não estão vendendo suas moedas em novo ciclo de alta.

O preço do Bitcoin segue quebrando recordes em corretoras pelo mundo, sendo os US$ 61.800,00 a última grande marca alcançada. Apesar da alta, um estudo indica que os grandes detentores não estão muito afim de vender suas moedas.

A última grande alta do Bitcoin aconteceu em 2017, quando a criptomoeda se aproximou da cotação de US $ 20 mil em várias corretoras. Após o movimento, a moeda acabou despencando para US $ 3 mil no ano seguinte.

Na época em que o Bitcoin foi cotado a US $ 20 mil pela primeira vez, muitas baleias antigas do mercado venderam parte de suas fortunas. Ou seja, a alta nos preços poderia ser sinônimo de venda dos grandes detentores.

Contudo, a última alta do Bitcoin ainda não mostrou a pressão vendedora das baleias.

Movimentação das baleias têm sido atípica

Os grandes detentores de Bitcoin, conhecidos também como baleias, costumam possuir mais de mil moedas. Seus movimentos, seja de compra ou venda, costumam chamar atenção do mercado.

Como as informações das criptomoedas são transparentes, muitos conseguem rastrear essas negociações. Uma das empresas interessadas no setor é a Glassnode, que produz conhecimento para o mercado de criptomoedas baseado em dados.

Em um novo estudo, a Glassnode afirma que a movimentação das baleias têm sido atípica. Isso porque, em outros momentos de alta, as baleias de longo prazo venderam muitas moedas no mercado.

“Nos mercados em alta, as moedas antigas tendem a se mover mais. Isso aumenta a oferta relativa de moedas mais jovens na rede. Nos topos do Bitcoin anteriores, cerca de 50% do estoque de Bitcoin tinha menos de 6 meses. Atualmente, estamos significativamente abaixo desse nível (36%).”, afirmou a Glassnode.

Novas baleias

Cabe o destaque que as antigas baleias de Bitcoin têm abastecido os novos investidores institucionais, principalmente aqueles que entraram no mercado no último ano.

A MicroStrategy, por exemplo, já se tornou uma das baleias de Bitcoin mais famosas do mundo, tendo posse de mais de 90 mil bitcoins. Com uma fortuna avaliada em R$ 27 bilhões, a empresa se tornou uma das principais a investir no mercado em 2020 e 2021.

A Tesla, Square, entre outras, também compraram Bitcoin nos últimos meses. Essas compras acabaram se mostrando promissoras, levando o Bitcoin a romper topos seguidos, desde 2020.

Com a venda das antigas baleias para as novas, novos grandes detentores estão sendo criados. Mesmo assim, o movimento das baleias veteranas ainda chamam a atenção e seguem acompanhados de perto pelo mercado, que segue atento a vendas em massa desses detentores.

Em fevereiro, a Glassnode apontou que as baleias seguem acumulando Bitcoin, mesmo com os preços em alta.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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