O Conselho Indonésio de Ulemas (MUI) considerou que as criptomoedas são haram, ou seja, ilícitas para muçulmanos. Essa declaração, obtida pela Bloomberg, tem impacto em cerca de 200 milhões de pessoas conforme a Indonésia abriga 13% de todos os muçulmanos do mundo.
Apesar da atual posição do conselho, as portas ficam abertas caso as criptomoedas apresentem um benefício claro no futuro, podendo voltar a serem negociadas caso obedeçam princípios da sharia.
Visto que essas considerações são feitas apenas em temas importantes, isso é forte um sinal de que o Bitcoin, e outras criptomoedas, está tornando-se popular no mundo inteiro.
Sem benefício claro
Segundo Asrorun Niam Sholeh, chefe de decretos religiosos, o banimento das criptomoedas para muçulmanos na Indonésia esta relacionado a incerteza do mercado, servindo como uma aposta e causando danos.
Embora o uso de criptomoedas não tenha cessado, a posição do MUI (Conselho Indonésio de Ulemas), que detém autoridade sobre o cumprimento da sharia na Indonésia, desestimula o uso e negociação de criptomoedas no país, bem como empreendimentos no setor.
A declaração, feita nesta quinta-feira (11), também mostra que caso as criptomoedas obedeçam os princípios da sharia, tendo benefício claro, então poderão ser negociadas. Sendo necessário que os praticantes do islamismo encontrem melhores proveitos em relação as criptomoedas.
O fato ocorre ao mesmo momento em que o Bitcoin atinge seu topo histórico, de 69 mil dólares. Além disso o banco central da Indonésia está planejando a criação da Rupia digital.
Todos temas importantes passam pelo conselho
Outros assuntos importantes, como vacinas contra o Covid-19 também precisam passar pela aprovação dos líderes religiosos do país, que determinam se ela é halal ou haram, permitido ou proibido.
O atual foco nas criptomoedas é um forte sinal de que elas estão ganhando popularidade no mundo inteiro, onde tanto líderes políticos quanto religiosos estão tomando decisões para frear ou acelerar o seu desenvolvimento.