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Mulher é presa por captar investidores para pirâmide de criptomoedas

O golpe chamado OneCoin atraiu pessoas em vários países, inclusive no Brasil. Até hoje a fundadora encontra-se foragida.

Uma mulher foi presa pela polícia após captar investidores para um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas. O crime, que teria acontecido nos últimos anos, lesou milhares de pessoas pelo mundo.

No Brasil, por exemplo, ainda hoje as vítimas do chamado esquema OneCoin aguardam por novidades. A líder do golpe, Ruja Ignatova, segue foragida da justiça dos vários países onde o golpe foi aplicado.

Na região da América do Sul, a OneCoin fez vítimas no Brasil, Argentina, Chile e Equador. No final de 2020 a polícia argentina havia prendido oito pessoas por associação com a OneCoin.

Nos Estados Unidos, há a suspeita até de quem um grande banco ajudou o golpe a se tornar popular. Cabe o destaque que, a promessa da OneCoin era a de criar uma criptomoeda nova e melhor que o Bitcoin.

Apesar da promessa nunca ter sido cumprida, muitas pessoas acreditaram no esquema.

Mulher é presa no Equador por captar investidores para pirâmide OneCoin

Normalmente, esquemas de pirâmides financeiras atuam com a captação de pessoas. Os novos investidores pagam os antigos, mas é criada toda uma narrativa para sustentar a fraude.

Muitos assim acreditam estar investindo na próxima empresa que irá ter sucesso. Muitos golpes promovem imagens de luxo, principalmente entre as principais lideranças.

No entanto, quando a pirâmide acaba, os líderes costumam se misturar entre as vítimas e afirmar que também foram lesados. A justiça do Equador, contudo, não quis saber disso, ao decidir o futuro de Ivonne Ortiz.

A mulher, que foi presa nos últimos dias, teria captado investidores para o esquema OneCoin. Dessa forma, com a atuação na capital do Equador, Quito, muitas pessoas perderam dinheiro com a ação dela.

De acordo com o El Comercio, quem atua com a intermediação de valores ou dinheiro sem autorização pode pegar pena de três a cinco anos de prisão. No caso de Ivonne, a justiça decidiu pela pena máxima para ela, que foi de cinco anos atrás das grades.

Ela ainda foi condenada a pagar uma multa de US $ 4.800,00 ao estado. Além disso, terá que pagar mais US $ 10 mil para cada pessoa que colocou no golpe e foi lesada pela OneCoin.

Pirâmides com criptomoedas lesaram muitas pessoas no Brasil

Com atuação em vários países, a OneCoin certamente é um dos maiores esquemas ponzi com criptomoedas que o mundo já viu. Inclusive no Brasil, ainda há clientes desse golpe, que não foi o único.

Outras empresas a atuar no país e que tem investigação para possíveis esquemas de pirâmide são a Unick Forex, Indeal, Midas Trend, Genbit, entre outras. Até a Atlas Quantum, uma fintech de São Paulo, foi apontada por um juiz como um possível esquema fraudulento.

Todos esses casos deixaram inúmeros processos na justiça, com investigação em vários estados. Os clientes ainda aguardam por novidades, mas poucos conseguiram reaver seus investimentos nesses negócios.

Para investidores iniciantes de criptomoedas, o caso ilustra bem que a promessa de rendimento fixa é penosa no longo prazo. Ainda que a justiça do Equador, por exemplo, tenha prendido uma líder e imputado a ela uma multa, não ficou garantido que ela pagará algo a seus antigos afiliados.

Esquemas de pirâmide financeira, seja de criptomoedas ou qualquer outro ativo, não costumam durar muito. No Brasil, vários esquemas de pirâmide agora migram para o setor de energia solar, deixando as criptomoedas de lado.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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