Vendi um tweet em NFT de um gatinho e ajudei destruir o planeta no processo

“Cortamos 10 árvores para que você tenha este gif de LeBron fazendo uma enterrada doentia”.

O jornalista Tom McKay, do site Gizmodo, narrou recentemente a sua experiência ao descobrir o mercado de NFTs e vender um de seus tweets para outro usuário.

Para Tom, os NFTs não possuem muita utilidade, não são fáceis de entender e ainda por cima apresentam um grande risco para o meio ambiente por causa do consumo de energia exagerado para alimentar o sistema.

“Por causa do aumento meteórico das criptomoedas, apenas colocar palavras como “token”, “blockchain” ou “prova de trabalho” em porcarias aleatórias pode fazer seu valor disparar.”, disse o jornalista revoltado com o mercado de NFTs.

Tudo começou quando ele postou a foto de um gatinho que ele queria adotar e um outro usuário, identificado como fatraccoon, fez uma oferta de US$ 50 dólares em Ethereum para poder comprar o NFT daquele tweet específico.

Parece complicado? Parece, mas aparentemente existe todo um mercado de NFT dedicado à compra de postagens no Twitter como NFT.

O Mercado de NFT está crescendo cada vez mais e a venda de tweets parece estar ganhando força. Com grandes nomes oferecendo milhões para comprar tweets considerados importantes ou históricos.

A ideia é que, através de um serviço que transforma Tweets em NFTs, você possa comprar ou vender diferentes postagens na plataforma.

Tom descreveu o processo de ter vendido o tweet sobre seu gatinho, que foi feito com certa facilidade através da plataforma Valuable. Mas vale lembrar que, comprar um tweet não quer dizer muita coisa e nada impede que a postagem original seja deletada ou até mesmo que ela seja vendida de novo (não existe regras ou mecanismos contra isso).

“Isso não impede que cópias adicionais da arte continuem a circular em toda a internet em formatos .jpg ou .gif. O que o comprador realmente compra é algo menos tangível: direito de se gabar, reputação, um item de colecionador… ou uma nova forma de lavar dinheiro”, escreveu Tom em seu artigo.

Nem mesmo o comprador do NFT entendia muito bem sobre o que ele estava fazendo, meio que entrando na onda pela “piada”.

Para fatraccoon, os NFTs são um sistema inútil que pode quebrar a qualquer momento.

“Eu sinto como se fizesse parte de um mundo bobo e isso é divertido. Comprar tweets na blockchain me parece o nível máximo da internet. Eu espero que o sistema inteiro quebre em uma semana ou sei lá, mas deixe 5 pessoas bilionária”, disse o comprador.

Jornalista está preocupado com o impacto ambiental das NFTs

Parte do artigo de Tom foi dedicado a falar sobre o quanto de energia uma única transferência de imagens e outros NFTs consome.

Por curiosidade, o autor do artigo usou o CryptoArt.wtf para calcular o quanto a sua NFT consumiu de eletricidade. O simples tweet sobre o seu gato gastou cerca de 11 quilowatt-hora para ser registrado na blockchain.

De acordo com Tom, essa é a mesma quantidade gasta de eletricidade do cidadão europeu durante um dia inteiro. O mesmo que o uso de 1 mês de um Notebook ou até 1 semana e meia de um computador de mesa.

“Cortamos 10 árvores para que você tenha este gif de LeBron fazendo uma enterrada doentia”, disse. “Se você vender, conseguiremos algum dinheiro e derrubaremos várias outras árvores.”

Existem diferentes tipos de obras em NFT, com maior consumo de energia para ser registrada na blockchain. Com o mercado em alta, Tom estima que a pegada de carbono deixado por essa indústria vai ser bem significativa no futuro.

“O que me parece incomodar mais é que a rede faz todo esse trabalho para o resultado final ser: Hey, esse Jpeg agora é um Jpeg!.” , acrescentou fatraccoon.

Nenhuma das duas partes parece gostar do futurods NFTs e o seu impacto ambiental nos próximos anos. Mas como dá para notar, a venda de tweets na blockchain não parece que vai acabar tão cedo.

Mercado Valuables com vários tweets em NFT à venda.

O mercado de NFT definitivamente parece exagerado no momento, mas como toda nova “moda”, sempre há um momento de instabilidade e de interesse desproporcional pela novidade. Mas é possível que, assim como o Bitcoin, essa tecnologia também evolua de forma mais positiva.

O jornalista concluí o texto dizendo que o mercado de NFTs é um caos.

“Qualquer sistema financeiro racional teria banido o Bitcoin, mas nosso governo é como ‘ah, tanto faz’, e agora estamos em um caos, o um jogo sem regras.”

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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