Empresa de criptomoedas hackeada oferece R$ 100 milhões para saqueadores

Segundo estudo da Chainalysis, maior nome da indústria em rastreabilidade, mais de R$ 10 bilhões já foram roubados de pontes entre blockchains apenas neste ano, representando 69% de todos hacks do setor.

Na última segunda-feira (1º), a Nomad sofreu um grande ataque em seu protocolo. No total, cerca de 1 bilhão de reais em criptomoedas foram subtraídos pelos hackers, deixando seus usuários no prejuízo.

Por conter uma falha grotesca, até mesmo quem não possui conhecimento sobre o tema aproveitou-se da ocasião. Portanto, o ataque está sendo chamado de “a primeira pilhagem descentralizada de uma ponte”.

Tentando reaver o montante, agora a startup está oferecendo o equivalente a R$ 100 milhões e um passe livre para os hackers. Contudo, estes precisam devolver pelo menos 90% da quantia roubada para que a empresa não continue sua perseguição para identificá-los e, por fim, processá-los legalmente.

Assim como outras, a Nomad funciona como uma ponte entre blockchains, permitindo que moedas funcionem fora de seu ecossistema padrão. Entretanto, pelo menos R$ 10 bilhões já foram saqueados destes sistemas desde o início do ano.

Hack da Nomad, ponte entre blockchains

Usar bitcoin (BTC) dentro do Ethereum? Ether (ETH) dentro da Solana? Isso é possível graças as “pontes” — bridges em inglês. De um lado, as moedas originais são trancadas em um contrato, do outro, usuários recebem um token com lastro de 1:1 em tal criptoativo.

Contudo, caso as moedas presas neste contrato sejam roubadas, estes tokens perdem todo seu valor. Foi exatamente isso o que aconteceu com a Nomad devido a um ataque que explorou uma falha em seu protocolo, deixando um rombo equivalente a R$ 1 bilhão de reais.

Conforme o ataque não requeria nenhuma habilidade — bastando seguir os passos dos ladrões anteriores — os fundos da Nomad acabaram sendo saqueados por diversas pessoas. Dentre elas, algumas poderiam estar tentando ajudar, pretendendo devolver o montante depois.

Tentando reaver tal montante, a startup está oferecendo R$ 100 milhões aos saqueadores, prometendo que não tomará medidas legais contra os mesmos. Entretanto, estes precisam estar dispostos a devolver pelo menos 90% das criptomoedas levadas.

“A Nomad está anunciando uma recompensa de 10% aos hackers da Nomad Bridge, assim a Nomad os considerará como white hackers após a devolução de pelo menos 90% dos fundos.”

No total, o endereço postado pela Nomad já conta com R$ 114 milhões em tokens, sendo R$ 32,5 milhões na stablecoin USDC. Portanto, embora a empresa ainda está longe de recuperar tudo, muitos já aceitaram a oferta.

Endereço de recuperação da Nomad. Fonte: EtherScan

Ataques a pontes entre blockchains disparam

Segundo estudo da Chainalysis, maior nome da indústria em rastreabilidade, mais de R$ 10 bilhões já foram roubados de pontes entre blockchains apenas neste ano, representando 69% de todos hacks do setor.

Além da Nomad, a perda de R$ 1,5 bilhão da Wormhole, em fevereiro deste ano, foi outro caso que contribuiu para a má fama destes protocolos.

Hacks a pontes crescem na indústria. Fonte: Chainalysis.

Por fim, espera-se que o setor consiga evoluir rapidamente, aumentando sua segurança e fornecendo melhores garantias aos seus usuários. Afinal, estas são uma ótima ferramenta de um ecossistema em constante evolução.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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