A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou a operação “A Firma”, que investiga célula de uma organização criminosa que atua em Santa Catarina. Entre os suspeitos, 8 pessoas e 5 empresas tiveram suas criptomoedas bloqueadas pela justiça.
A operação ocorreu na manhã da última terça-feira (29), para combater as atividades ilegais de uma das maiores organizações criminosas que operam no Brasil fornecendo conteúdo audiovisual ilícito em serviço popularmente conhecido como “Gatonet”.
Batizada de Operação “A Firma”, a ação contra o esquema de pirataria digital contou ainda com a participação da Associação de Combate à Pirataria Digital (La Alianza).
Operação contra Gatonet apura lavagem de dinheiro por criminosos com contas bancárias e criptomoedas
Contando com a participação de 53 policiais civis e 7 peritos, o trabalho deu cumprimento a 32 mandados de busca e apreensão em 11 cidades brasileiras. Os municípios com suspeitos estavam nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Bahia.
Como há indícios de lavagem de dinheiro, a 2ª Vara Criminal de Araçatuba ainda determinou o bloqueio e indisponibilidade de todos os ativos financeiros, incluindo criptomoedas, de oito pessoas físicas e cinco empresas.
Houve ainda a determinação de bloqueio de dezenas de domínios e IPs utilizados para a manutenção da rede ilegal de streaming.
Por fim, a Operação A Firma determinou o fechamento de empresas constituídas para a lavagem de dinheiro. As informações são da PCSP e MPSP.
Uma força-tarefa constituída pela Polícia Civil e pelo Ministério Público deflagrou na manhã desta terça-feira (29/8) operação para combater as atividades ilegais de uma das maiores organizações criminosas que operam no Brasil fornecendo conteúdo audiovisual ilícito. pic.twitter.com/vqyIP8Z30e
— Ministério Público do Estado de São Paulo (@mpsp_oficial) August 29, 2023
Chefe de organização já havia sido preso em 2020
Ao longo dos últimos oito meses, o MPSP, por meio do CyberGaeco e da Promotoria de Justiça de Penápolis, e a Polícia Civil investigaram uma das maiores organizações criminosas de fornecimento ilegal de conteúdo audiovisual.
As atividades ocorreram com apoio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) do 10º Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (DEINTER).
A Associação Internacional de Combate à Pirataria Digital – La Alianza colaborou com as diligências.
Com sede em Penápolis, a organização criminosa era responsável por manter em funcionamento uma sofisticada rede de fornecimento ilegal de conteúdos, com ramificações em diversos Estados brasileiros e dezenas de milhares de pontos de acesso ilegal pelo país.
Chama atenção para o caso que o chefe do grupo havia sido preso em novembro de 2020 e respondia em liberdade por violação de direitos autorais. Para as autoridades, contudo, o processo criminal em andamento não impediu a organização de continuar agindo, inclusive com a lavagem dos valores obtidos ilegalmente.
O caso seguirá sob investigação com as novas provas colhidas na operação. Não foi informado como as autoridades realizaram o bloqueio de criptomoedas dos suspeitos, nem quanto eles movimentaram na modalidade.