Um líder sul-africano de uma empresa que deu golpe com Bitcoin foi preso pela Polícia Militar de Goiás, com ciência da PF, na última quarta-feira (29), em Goiânia.
Antes dele ser preso pela PF, a Polícia Militar de Goiás efetuou o monitoramento do suspeito por um mês e efetuou sua prisão na noite da última quarta. Como ele é listado na lista vermelha da Interpol, a PF já havia sido acionada.
Segundo informações divulgadas para imprensa, o homem estava foragido da África do Sul desde 2019, quando aplicou um golpe bilionário em investidores.
Operação da PM e PF prende em Goiânia sul-africano que deu golpe com Bitcoin e lesou investidores em seu país
A Mirror Trading International (MTI) é uma empresa que está sendo vigiada por autoridades sul-africanas há alguns anos, após o CEO da MTI, Johann Steynberg, fugir do país.
Durante as investigações, pessoas lesadas pelo golpe acreditavam que ele estava escondido no Brasil, conforme publicado pelo Livecoins em dezembro de 2020.
E isso de fato era verdade, com informações levando a sua captura agora em dezembro de 2021, fato que foi feito pela PM de Goiás na última quarta. O governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado, comemorou a ação de inteligência de sua polícia.
“Não agimos só com bandido pé de chinelo. Bandido grã-fino não se cria no Estado de Goiás. Aqui ele cai também, tenha o status que tiver. Nossa tropa tem total liberdade para agir”.
Já o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, disse que “a prisão de um criminoso procurado no mundo todo mostra a eficiência da polícia do Estado e o compromisso de combater incessantemente a criminalidade”. Ele reforçou que a polícia de Goiás mantém um combate eficiente a criminalidade.
Como ocorreu a prisão do sul-africano?
Segundo informações divulgadas pelo tenente-coronel Raimundo Coelho Pinto Júnior, comandante do Giro, houve denúncias da presença de um sul-africano que cometeu crimes contra o sistema financeiro na região sul de Goiânia, no Setor Alto da Glória.
“Nossos policiais começaram a fazer um levantamento criterioso do suspeito e depois de um trabalho intenso realizado durante aproximadamente um mês, foi possível identificar e abordar o sujeito”.
Após identificado, ele foi abordado pelos polícias, que já haviam informado a PF e Interpol da ação. Ao ser abordado, contudo, ele apresentou documentos falsos de identidade, momento em que foi dado voz de prisão e ele foi prontamente encaminhado para a PF.
“A Polícia Federal e a Interpol [unidade de Brasília] já estavam cientes do nosso levantamento. Assim que realizamos a abordagem, o sujeito foi apresentado à Superintendência da PF para o cumprimento do mandado de prisão internacional e autuação pelo crime de uso de documento falso“.
Promessas de lucros de 10% ao mês
Segundo informações do estado de Goiás, 170 mil pessoas investiram na empresa do homem preso nas últimas horas, um caso de pirâmide financeira que pode ter deixado um rombo de bilhões no mercado.
Para captar investidores, ele prometia rendimentos de 10% ao mês, prática que tem se tornado comum em crimes contra o sistema financeiro nacional de vários países.