Vários peritos criminais do Estado do Paraná estão realizando uma capacitação voltada a vários temas, sendo as criptomoedas um dos assuntos que está sendo abordado.
Iniciando na última terça-feira (2), o evento InterForensics é promovido pela Academia Brasileira de Ciências Forenses (ABCF), com o apoio da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), da Polícia Científica do Paraná e da Secretaria da Segurança Pública.
Este é o maior evento internacional de ciências forenses da América Latina, reunindo mais de 400 inscritos nesta edição que ocorre em Foz do Iguaçu (PR), inclusive de peritos que moram no exterior. A programação vai até a próxima sexta-feira (5).
Peritos criminais estudam sobre criptomoedas em grande evento no Paraná
Em um evento com cursos de várias áreas temáticas diferentes, a InterForensics 2021 reúne o que há de mais novo no campo de estudo das ciências forenses para os profissionais deste setor.
Um dos palestrantes foi da Polícia Científica do Paraná, Marcus Fábio Fontenelle, que falou sobre o desafio das polícias em enfrentar crimes com novas tecnologias.
“O crime está evoluindo, as tecnologias também, e à medida que elas evoluem, novas técnicas surgem. Por isso, sempre temos que estar nos atualizando para combater os criminosos. Este evento vem para nos ajudar com a troca de informações, o que nos motiva cada vez mais”.
Ao falar sobre as novas tecnologias ligadas ao crime em ambiente cibernético, o então diretor geral da Polícia Científica do Paraná, Luiz Grochocki, lembrou que as criptomoedas são um dos assuntos que os peritos criminais estão de olho.
“O ICCyber foi o tema que deu origem ao InterForensics, em 2017. Nesta edição, para a área de crimes cibernéticos, ocorrerão palestras com grandes nomes ligados ao tema, inclusive abordando assuntos que causam grande impacto financeiro como criptomoedas, vírus, pornografia infantil e uma série de outros temas bastante relevantes para a área”.
Esse evento marca um importante movimento ao apresentar as criptomoedas para peritos criminais, em um momento em que ainda se discute a regulação do setor no Congresso Nacional e formalmente essas moedas não são consideradas crimes, apesar de algumas pessoas a usarem para crimes.
Assunto tem chamado atenção de peritos no Brasil
Vale lembrar que o cargo de perito criminal pode atuar em investigações que envolvem o ambiente cibernético, podendo se depar em algum momento com criptomoedas.
Assim, um concurso público no Ceará que teve seu edital publicado em maio de 2021, para o cargo de perito criminal, pediu que os interessados estudassem sobre o Bitcoin e várias outras criptomoedas.
Dessa forma, está claro que essa carreira já está se preparando para atuar neste setor, desde o processo seletivo até em profissionais da ativa.