A Polícia Federal afirmou nesta quinta-feira (26) que deflagrou a Operação Rapax, bloqueando ativos financeiros e até carteiras de criptomoedas de vários suspeitos.
De acordo com a Polícia Federal, os criminosos operavam uma organização criminosa voltada ao tráfico de pessoas e lavagem de capitais. Assim, o objetivo da nova operação era o de desarticular a atividade criminosa.
Seguindo, a PF confirmou o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul. Além disso, um mandado de prisão preventiva também esteve em cumprimento nas últimas horas.
PF deflagra operação contra tráfico de mulheres para Europa e bloqueia carteiras de criptomoedas de criminosos
Conforme nota da PF, houve o bloqueio de valores e de carteiras de criptomoedas, que podem totalizar até R$ 26 milhões. Além disso, há em curso medidas de imposição cautelares diversas de prisão aos investigados.
Para elucidar o caso ao público, a Polícia Federal informa que descobriu uma organização criminosa que tinha sede no Brasil e em outros países europeus, como Croácia e Bélgica, por exemplo.
Assim, os criminosos atuavam com o agenciamento, aliciamento e recrutamento de mulheres brasileiras, que ao chegar nos países europeus eram exploradas sexualmente e tinham uma rotina de trabalho forçado na Europa.
A PF também investiga a complexa trama financeira que os criminosos utilizavam para enviar valores entre os países. De acordo com os investigadores, a repatriação dos proventos do crime ocorriam em criptomoedas ou outras fraudes financeiras, como empresas de fachada e pessoas interpostas.
“A Polícia Federal contou com apoio da Europol e cooperação policial da Bélgica e da Croácia, o que foi fundamental para identificação do núcleo europeu da organização criminosa. A investigação prossegue com a análise do material apreendido e outras medidas investigativas“, disse a PF em São Paulo.
Suspeitos podem pegar mais de 20 anos de prisão
No Brasil, as penas previstas em lei para crimes somados de associação criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de pessoas podem ultrapassar os 20 anos de prisão, além de multa.
De qualquer forma, a PF não declarou ao público como realizou o trabalho de bloquear criptomoedas nas carteiras dos suspeitos de cometer os crimes. Vale lembrar que nos últimos dias, em uma operação conjunta com a Receita Federal, houve o bloqueio de criptomoedas em corretoras brasileiras, acionadas após a justiça autorizar a operação.
O delegado responsável pela Operação Rapax conversou com a imprensa nesta quinta na Superintendência da PF em São Paulo.