A PF deflagrou de São Paulo uma operação contra um grupo da deep web que atua no Brasil, buscando criptomoedas dos suspeitos. Após recentes capacitações sobre essas tecnologias de meio de pagamento descentralizados, a polícia federal do Brasil tem investigado crimes no setor.
Na última semana, por exemplo, algumas empresas foram alvo de uma operação após a suspeita de crime de descaminho com dispositivos eletrônicos e até vinhos argentinos.
Com as operações recentes a polícia federal mostra estar de olho e atenta a fraudes financeiras que podem envolver as criptomoedas.
PF mira carteiras de criptomoedas de grupo da Deep Web
Nesta terça-feira (9) a Operação SINGULAR 2 foi deflagrada pela PF em São Paulo. A primeira fase da operação ocorreu em junho de 2019, quando uma quadrilha que roubava dados bancários de vítimas foi alvo de mandados de prisão.
De acordo com a PF, a autoridade policial já consegue investigar a Deep Web com modernas técnicas de investigação digital. Dessa forma, ao reunir informações colhidas em 2019, a nova operação visou desmantelar uma quadrilha que atua nessa parte oculta da internet.
Os principais líderes do esquema foram identificados e alvos de 14 mandados de busca e apreensão e mais 16 de prisão preventiva, nos estados de São Paulo, Ceará, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
De acordo com a PF, os principais valores movimentados pelo grupo da Deep Web eram em criptomoedas, que são procurados pela polícia para descapitalizar essa organização criminosa.
Todos os suspeitos são especializados em invasão de sites de comércio digital, onde roubam dados de cartão de crédito armazenados pelas vítimas. Após obter os dados, eles vendem pela internet.
As suspeitas é que R$ 125 milhões tenham sido deixados de prejuízos para vítimas dessa organização, após compras fraudulentas com uso dos dados vendidos.
Veja fotos divulgadas pela PF sobre essa operação
De acordo com a PF, os membros da organização criminosa responderão por crimes de organização criminosa e furto qualificado, podem pegar vários anos de prisão.
Na operação dessa terça, a PF divulgou a apreensão de diversos itens eletrônicos, como celulares e maquininhas de cartão, que estavam em posse dos membros do grupo. Além disso, vários armamentos pesados e pistolas foram apreendidos, assim como dinheiro em espécie.
A PF não divulgou se criptomoedas foram apreendidas na ação.