Uma das modalidades de investimento mais comum é a de Fundos de Investimentos. No ano de 2019, mesmo com o auge da crise com pirâmides financeiras, aplicação em Fundo de Criptomoedas não tiveram problemas.
De fato, os fundos de investimentos reúnem capital de terceiros com a proposta de comprar e vender ativos de determinado mercado. Há aqueles tradicionais que investem em ações, porém, há aqueles que optam por correr riscos.
Seja comprar criptomoedas, maconha ou ouro, os fundos brasileiros possuem enorme diversificação. Dentre esses, as opções com menores riscos são aqueles relacionados com ações de empresas listadas em bolsa de valores, que ainda são consideradas de alto risco para grande parte da população.
Alto risco, alto retorno? Fundo de Criptomoedas ainda é altamente volátil dentre demais aplicações financeiras
Investir em um fundo de investimentos ligado ao mercado de criptomoedas significa ter um ativo com valorização ligada a compra de moedas digitais. De acordo com o Valor Investe, no Brasil as opções são duas: BLP Criptoativos FIM e Hashdex Digital Assets Discovery.
Segundo informações, a custódia ainda é realiza por outras empresas, no caso, estrangeiras. No caso da BLP Criptoativos, a custódia foi terceirizada para a Coinbase, startup dos EUA.
Para o gestor da BLP Criptoativos, Glauco Cavalcanti, em nota para o Valor Investe, o mercado cresceu no Brasil em 2019. Em relação à 2018, quando os preços do Bitcoin caíram muito, o ano pode ser considerado bom.
“Houve avanços de regulação e de tecnologia. Os futuros de criptos começaram a operar, custodiantes entraram no mercado – nós mesmos terceirizamos nossa custódia para a CoinBase, nos EUA. Não houve grandes ataques hackers, e a volatilidade está caindo. Foi um ano bom, melhor que 2018, que foi um desastre e machucou muita gente que só vai voltar aos poucos”.
As pirâmides financeiras atacaram em 2019, mas não prejudicaram o Fundo de Criptomoedas da BLP, segundo Glauco. Isso porque, mesmo com as empresas causando danos a imagem do Bitcoin, o mercado amadureceu.
Mês de novembro foi ruim para Fundo de Criptomoedas, ano foi bom
O mês de novembro, entretanto, foi ruim para os dois fundos de investimentos em criptomoedas. Não por conta da atuação de pirâmides financeiras, mas por conta da queda de preços das moedas digitais.
No caso da BLP Criptoativos FIM, a perda foi em cerca de 2,20%. Por outro lado, o Hashdex Digital Assets Discovery caiu 1,86%. O Bitcoin, por exemplo, perde 17% nos últimos 30 dias, fato que pode ter impactado o desempenho dos fundos no mês.
Na visão de longo prazo, pelo menos no caso do BLP, o cenário tem sido diferente. O fundo ganhou mais que 13% de valor, ao passo que o Bitcoin valorizou 111% em 2019.
A volatilidade foi outro ponto analisado pela reportagem do Valor Investe. Os chamados “fundos diferentões” pela reportagem, possuem característica de serem altamente voláteis, podendo trazer grandes perdas. Entretanto, em análises de longo prazo o cenário fica melhor para a maior parte deles.
Os melhores desempenhos de fundos analisados foram aqueles com propostas de hedge contra crises. O ouro, por exemplo, é o ativo escolhido por dois fundos que tiveram valorização em novembro. De fato, o ouro e o dólar, frente a queda do Real, foram boas escolhas para investidores interessados em fazer hedge de proteção ao Brasil.
Por fim, dentre os fundos analisados, o BLP ligado às criptomoedas ficou na quarta posição. A reportagem destacou ainda que o Ibovespa tem tido um desempenho de 19% no ano, enquanto a renda fixa perdeu força com a queda na taxa selic.