PIX completa um ano com polêmicas e passa longe do “rival Bitcoin”

Sistema que nasceu para rivalizar com o Bitcoin já mostra que liberdade não é seu forte.

O sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil, o PIX, completou um ano nesta terça-feira (5), em meio a polêmicas.

Isso porque, a criminalidade associada ao sistema de pagamentos acabou ganhando repercussão nacional. Pessoas nas ruas começaram a sofrer sequestros relâmpagos, com os criminosos exigindo a transferência via PIX para contas em sua posse.

Essa nova realidade assustou toda a população com conta em algum banco, visto que o PIX funciona também com número de conta e agência, não apenas com chaves específicas. Ou seja, quem tem conta em algum banco poderia ser sequestrado e poderia passar por uma situação desconfortável.

Para buscar garantir uma diminuição deste problema, o Banco Central do Brasil anunciou recentemente que iria limitar as transações via PIX no horário noturno.

Mas essa não deve ser a única mudança que o sistema de pagamentos sofrerá um ano após seu anúncio.

PIX completa um ano de seu lançamento, veja o que muda no sistema de pagamentos

No início de setembro, uma pesquisa feita pelo Datafolha, encomendada pela Zetta, mostrou que 57% da população brasileira já utilizava o PIX em suas transações. Ou seja, o sistema de pagamentos instantâneo faz um grande sucesso em um ano de seu lançamento.

Apesar do seu lançamento ser em 5 de outubro, o sistema entrou em funcionamento apenas no dia 16 de novembro. De qualquer forma, passado um ano desde o início do sistema rival do Bitcoin no Brasil, algumas mudanças já foram anunciadas nessa tecnologia.

Uma delas é o iniciador de pagamentos, que entrou em vigor no final de agosto para permitir que clientes usem o PIX em sites de compras. Essa solução ajuda os varejistas a fugir dos boletos, que tem compensação em três dias.

Além disso, com a nova fase do Open Banking, o PIX passa a ter a partir da última segunda-feira (5) o limite de envio de dinheiro no período noturno. Essa medida de diminuir o valor enviado em transações é para mitigar os sequestros que estavam ocorrendo com a tecnologia, que facilitou muito a criminalidade.

Assim, quem pretende fazer um PIX entre às 20 horas da noite e 6 horas da manhã seguinte pode enviar apenas R$ 1 mil, na soma de todas as transações.

Outro problema que marca o primeiro ano do PIX também foi o primeiro vazamento de dados dos clientes do Banese nos últimos dias, que pela primeira vez viu o sistema entregar informações a pessoas desconhecidas pela internet.

Dessa forma, o PIX completa um ano recheado de polêmicas, em um sistema que tinha como premissa frear o crescimento do Bitcoin no Brasil desde sua concepção inicial. Desde seu anúncio, a criptomoeda já registrou uma gigantesca valorização no mercado, além de passar por atualizações que colocam em cheque a inovação digital do Bacen.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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