A Polícia da Cidade de Buenos Aires, capital da Argentina, liderou uma operação contra uma pirâmide de bitcoin que roubou 1 milhão de dólares de investidores no país. O golpe é um dos maiores dos últimos anos no local.
A operação conseguiu prender quatro pessoas e desmantelar uma organização criminosa que cometeu golpes de esquema Ponzi e prejudicou pelo menos cinquenta pessoas.
O pessoal da Divisão de Investigações de Organizações Criminais, pertencente ao Departamento de Crime Organizado da Polícia da Cidade, executou os procedimentos juntamente com membros da província de Buenos Aires. As buscas ocorreram em quatro casas em Buenos Aires.
A organização captou clientes com a promessa de rendimentos mensais em dólares de até 12%.
Ministro da Justiça de Buenos Aires elogia operação contra pirâmide de bitcoin atuando na cidade
O processo foi organizado pelo promotor Musso, responsável pela Unidade Fiscal Especializada em Investigações de Crimes Cibernéticos (UFEIC) de San Isidro. A justiça argentina também liberou a ordem para a operação, na última quinta-feira (28).
“É um ótimo trabalho realizado com profissionalismo pela Polícia da Cidade, juntamente com o Ministério Público do Dr. Alejandro Musso, E quero resgatar isso porque nesta sociedade não pode haver lugar para o golpe. Os vivos que querem fraudar as pessoas precisam ser detidos e à disposição da Justiça“, disse o ministro da Justiça e Segurança de Buenos Aires, Gustavo Coria.
A pirâmide chamava “Real Capital”, e captava investidores com promessas de lucros associados a operações na Bolsa de Valores e mercado de criptomoedas. Para passar credibilidade, os líderes sempre se apresentavam como “parceiros confiáveis”.
Contudo, nos últimos meses os investidores não conseguiam mais efetuar os saques dos seus valores, o que levantou suspeitas para uma fraude em andamento.
Segundo o promotor Musso, “o esquema de Ponzi é um sistema desenvolvido desde o início, para obter capital das pessoas, é adoçado com investimentos com renda entre 8 e 12% em dólares, com o qual o capital é inserido e mantido ao longo do tempo, até que tudo seja descoberto com retirada abrupta de capital“.
Polícia quer rastrear criptomoedas de organização criminosa
Tudo indica que, após captar o dinheiro das vítimas, os líderes da organização criminosa ocultavam valores em criptomoedas. Assim, a polícia de Buenos Aires quer conferir toda a documentação apreendida em busca de chaves privadas e endereços de criptomoedas dos suspeitos.
Os policiais sequestraram ainda seis computadores, incluindo notebook e desktop, dez telefones celulares, duas lanternas, dois tablets, três cartões de memória, um HD externo, uma máquina contadora de dinheiro, entre outros documentos.