Uma operação deflagrada pela Polícia Civil do Estado de Goiás contra uma pirâmide atuando com ofertas no mercado de criptomoedas foi deflagrada na última sexta-feira (26).
Essa operação foi batizada Octopus, foi organizada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon). Várias pessoas são investigadas por participação neste mais novo esquema que abala o Brasil.
Nos últimos meses, várias pirâmides financeiras têm atacado no Brasil com uso da imagem do Bitcoin como uma narrativa para sustentar operações fraudulentas.
“Operação Octopus” é deflagrada pela Polícia Civil de Goiás contra pirâmide de criptomoedas
Segundo investigações da Polícia Civil, o município de Bela Vista de Goiás era a sede de um grupo criminosos que atuava no estado.
Com três meses de investigações sobre o funcionamento deste esquema, os agentes da polícia detectaram os principais líderes do esquema e puderam pedir na justiça o cumprimento de 74 medidas cautelares.
A “Operação Octopus” foi deflagrada na última sexta-feira (26), quando 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Dois veículos de luxo foram apreendidos na ação policial, ambos de cor vermelha (foto destaque).
Além disso, R$ 20 milhões em contas bancárias dos investigados foram congelados, assim como valores em exchanges de criptomoedas. Dispositivos eletrônicos, documentos, dinheiro em espécie e até armas de fogo foram apreendidas com os líderes do grupo criminoso sob investigação.
“Durante a ação, a Polícia Civil do Estado de Goiás efetivou o bloqueio judicial de aproximadamente R$ 20 milhões, mediante 15 sequestros de valores em contas de investigados em instituições financeiras convencionais e exchanges, o cumprimento de 4 mandados de prisão temporária, 11 mandados de busca e apreensão e 2 sequestros de veículos de luxo, bem como, a apreensão de dispositivos eletrônicos, documentos, valores em espécie e 03 armas de fogo.”
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Pirâmide de jogos esportivos e criptomoedas
O nome da pirâmide assim como dos suspeitos presos não foi divulgado pela Polícia Civil de Goiás, que publicou uma nota sobre a operação.
O que se sabe então é que essa pirâmide atuava com promessas de 50% ao mês em 2020, reduzindo para 30% em 2021. Os mercados de suposta atuação do grupo são de jogos esportivos e criptomoedas, que seriam as justificativas para os altos lucros fixos.
Cerca de 300 clientes foram lesados pelo grupo, que viu a PCGO apreender suas criptomoedas durante a batida, em cerca de R$ 2 mil segundo informações do G1. De qualquer forma, essa operação na região metropolitana de Goiânia é a primeira a apreender criptomoedas e já transferir os valores para contas judiciais.
Nos últimos meses, policias de todo mundo tem se capacitado sobre apreensão de criptomoedas, e no Brasil esse é mais um episódio só em 2021.