Polícia civil de Santa Catarina proíbe militares de minerar criptomoedas

Usuários da rede da polícia civil não podem mais minerar criptomoedas quando estiverem no ambiente organizacional.

Uma nova regulamentação da Polícia Civil de Santa Catarina, divulgada na última segunda-feira (25), proíbe os militares e servidores civis de minerarem criptomoedas enquanto estiverem utilizando a rede ou intranet local.

Por meio da Resolução nº 18/GAB/DGPC/PCSC de 21/09/2023, a PCSC “regulamenta a utilização da Rede, Intranet e Internet no âmbito da Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), e estabelece outras providências“.

O documento assinado por Ulisses Gabriel, Delegado-Geral da Polícia Civil do Estado de Santa Catarina, prevê ainda o monitoramento em busca de identificar se alguém está descumprindo as medidas.

Entenda como funciona a nova regulamentação que proíbe a mineração de criptomoedas pela polícia civil de Santa Catarina

A importância da mineração de criptomoedas reside na manutenção da segurança e integridade das blockchains, como o Bitcoin, por exemplo. Os mineradores desempenham um papel vital ao validar transações e garantir que o registro de transações não seja sujeito a manipulações.

Além disso, a mineração é um mecanismo de incentivo para encorajar a participação na rede, recompensando os mineradores com criptomoedas por seu trabalho. Para muitos, a mineração de criptomoedas também pode ser uma fonte significativa de receita, proporcionando oportunidades de investimento e lucro, especialmente quando combinada com a valorização das criptomoedas.

No entanto, utilizar equipamentos e redes públicas para a tarefa pode ser considerada uma nova forma de improbidade administrativa, pelo menos na Polícia Civil de Santa Catarina.

A nova regulação apurada pelo Livecoins ordena aos participantes da rede organizacional a “abster-se de realizar mineração de criptomoedas“.

Polícia Civil de Santa Catarina proíbe usuários da sua rede de internet de minerarem criptomoedas
Polícia Civil de Santa Catarina proíbe usuários da sua rede de internet de minerarem criptomoedas/ Reprodução: DOSC.

A nova proibição, na verdade, faz parte de um pacote de medidas que visa proteger o ambiente interno da polícia civil, orientando as condutas dos agentes em busca do objetivo.

Servidor público já foi alvo de processo no Brasil por minerar criptomoedas no serviço

De fato, a nova norma não assusta muito os servidores públicos brasileiros, visto que alguns casos no Brasil já ganharam destaque para a prática.

No ano de 2021, no Departamento Municipal de Água e Esgoto de Marília, um computador de um funcionário público foi flagrado com vários programas de mineração. Ao responder um processo administrativo, ele se defendeu, mas acabou suspenso do trabalho e quase perdeu seu emprego.

A situação é apenas uma que já envolveu uma investigação sobre a mineração de criptomoedas, com uso de energia do setor público.

Vale lembrar que o uso de equipamentos e recursos de determinada organização para mineração, seja ela privada ou pública, pode ser visto como um uso indevido dos ativos da empresa, prejudicando a produtividade e os recursos destinados às operações principais da empresa.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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