DRACO da Polícia Civil do Rio de Janeiro (Foto: PCRJ/Divulgação)
A Polícia Civil Pará, com apoio de agentes do Rio de Janeiro, deflagrou na manhã da última quinta-feira (24) a Operação Romance Scam, após rastrear o envio de dinheiro roubado de uma vítima para uma empresa de criptomoedas.
O nome da empresa cripto não foi revelado pelas autoridades. Mesmo assim, a PCRJ declarou que a operação visava combater crimes de estelionatos românticos pela internet.
Deflagrada pela Polícia Civil do Pará, a operação contou com apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), do Rio.
Na zona oeste do Rio de Janeiro, no bairro do Rio das Pedras, a polícia civil carioca conseguiu identificar o paradeiro do principal suspeito, alvo da operação. O homem, cuja identidade também se mantém em sigilo durante as investigações, acabou capturado pelas autoridades e segue à disposição da justiça.
A Operação Romance Scam tinha como objetivo principal mandados de prisão preventiva, e de busca e apreensão. Além disso, visava a apreensão de criptomoedas em posse dos suspeitos, além de outros bens.
Dentre as investigações, a PC apura ainda o crime de lavagem de dinheiro cometido pelo suspeito.
“A Operação decorre das investigações conduzidas pela equipe da DCCV. A vítima, uma mulher paraense, acreditava que mantinha um relacionamento virtual com estrangeiro, porém foi enganada e realizou diversas transferências bancárias, que totalizaram R$ 500 mil. Durante o trabalho investigativo, nós conseguimos identificar que o suspeito recebeu os valores em suas contas bancárias e, com o intuito de ocultar a origem ilícita do dinheiro, realizou transferências para uma empresa que opera criptoativos, utilizando os valores para a compra de bitcoins“, explicou a delegada Lua Figueiredo, titular da DCCV, que coordenou a operação pela Polícia Civil do Pará.
A operação é um marco para o combate aos crimes digitais pela Polícia Civil do Pará. Isso porque, autorizada pela justiça, é a primeira que obteve aprovação para apreensão de criptomoedas dos suspeitos.
Além disso, as autoridades obtiveram a autorização judicial de criar a primeira carteira virtual em nome da Polícia Civil do Pará, para custodiar bitcoins apreendidos.
De acordo com apurado pelo Livecoins, o homem suspeito dos crimes adquiriu as criptomoedas para uma quadrilha de nigerianos, e estava escondido em uma comunidade do Rio das Pedras. Segundo agentes da polícia civil do Rio, ele enviou uma quantia em dinheiro para uma das contas do grupo estrangeiro.
Durante a busca e apreensão pessoal e domiciliar, o celular do investigado foi apreendido e encaminhado à perícia.
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