Polícia do DF liquida criptomoedas lavadas no Paraguai e desmonta esquema que clonava sites

Operação Sem Reservas prendeu operadores que convertiam dinheiro de golpes virtuais em criptomoedas no Paraguai para ocultar a origem ilícita dos fundos

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a terceira fase da Operação Sem Reservas na terça-feira (16), para desarticular uma facção criminosa especializada em crimes digitais. A ação resultou na prisão de seis pessoas acusadas de utilizar até criptomoedas para lavar dinheiro proveniente de golpes virtuais aplicados em todo o território nacional.

As investigações revelaram que o grupo movimentou cerca de R$ 13 milhões nos últimos dois anos. O esquema utilizava a infraestrutura de criptomoedas em busca de dificultar o rastreamento bancário.

O Juízo de Garantias do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) determinou o bloqueio imediato e a liquidação dos criptoativos identificados nas carteiras vinculadas aos investigados.

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As autoridades não divulgaram qual o valor do montante liquidado e nem como ocorreu a venda das criptomoedas para Real brasileiro. Além disso, os nomes dos presos investigados não foram divulgados publicamente.

A medida busca descapitalizar a organização que mantinha um faturamento diário estimado em 20 mil reais com a prática de estelionatos online.

O modo de atuação da quadrilha envolve uma divisão de tarefas que termina na conversão de valores em moedas digitais em casas de câmbio no Paraguai. Os integrantes presos nesta fase, conhecidos como “tripeiros“, gerenciavam as contas de terceiros e operavam a tecnologia financeira necessária para limpar o dinheiro sujo.

Os criminosos iniciavam o processo com a clonagem de sites e perfis de redes sociais de pousadas reais para atrair vítimas em busca de hospedagem. Estes golpes recebem o nome de phishing. Os pagamentos realizados pelos consumidores enganados seguiam para contas de laranjas antes de entrarem no circuito de criptoativos para a lavagem final.

A estrutura tecnológica do esquema destinava 30% de todo o lucro para os operadores responsáveis pela movimentação das criptomoedas e pela ocultação do rastro financeiro. Os administradores das páginas clonadas ficavam com metade do valor arrecadado, enquanto os titulares das contas alugadas (“laranjas“) recebiam a parcela restante de 20%.

Investigação iniciada em 2024 já levou 17 pessoas para prisão

A Polícia Civil disse em nota que iniciou o monitoramento das atividades digitais do grupo em novembro de 2024 durante a primeira fase da operação contra os administradores dos sites falsos.

Uma segunda etapa ocorreu em março de 2025 e focou nos responsáveis pela criação técnica dos perfis clonados utilizados para enganar os consumidores.

As diligências policiais somam dezessete prisões de envolvidos no esquema das falsas pousadas de Pirenópolis até a data da última operação.

Os investigadores identificaram oitenta e três vítimas apenas no Distrito Federal que perderam dinheiro ao interagir com a estrutura fraudulenta montada na internet.

Os mandados de prisão temporária e busca domiciliar foram cumpridos nas cidades de Goiânia (GO), Belém (PA) e Taboão da Serra (SP) com apoio das polícias locais.

A 18ª Delegacia de Polícia de Brazlândia coordena os trabalhos para identificar outros possíveis ramos dessa rede que utiliza a tecnologia para lesar cidadãos.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.
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