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Policial é acusado de roubar R$ 21 milhões em Bitcoin de traficante durante investigação

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William Wheatley, policial federal australiano, está sendo acusado de roubar cerca de 81 bitcoins encontrados durante uma operação anti-drogas em Melbourne, capital da Austrália. Com a recente valorização do Bitcoin, a quantia está avaliada em R$ 21,3 milhões.

O suposto roubo teria acontecido ainda em 2019, mas só foi revisitado dois anos depois, em 2021, após o surgimento de novas ferramentas de análise de criptomoedas. Frente ao juiz nesta semana, Wheatley declarou-se inocente das acusações de uso de informações privilegiadas, roubo e manuseio dos proventos do crime.

Embora incomum, essa não é a primeira vez que um policial é acusado de roubar criptomoedas. O caso mais famoso envolveu dois agentes das agências americanas CIA e DEA, bem como uma quantia de 70.000 bitcoins, hoje avaliados em R$ 18,2 bilhões.

Policial australiano é acusado de roubar bitcoins de  traficante

Segundo a mídia local, o policial federal australiano William Wheatley está sendo acusado pela comissão anti-corrupção de roubar 81,6 bitcoins encontrados durante uma revista a um suposto ponto de tráfico de drogas no subúrbio de Melbourne, capital da Austrália.

Além de encontrarem drogas no local durante a batida policial em 2019, os policiais também se depararam com uma carteira de hardware da marca Trezor. Embora tais dispositivos sejam extremamente seguros, os detetives encontraram as palavras-chave da carteira, que funciona como uma espécie de senha.

Os bitcoins foram movidos logo após a operação. No entanto, outros policiais acreditaram que os próprios traficantes teriam movimentado quantia, conforme uma carteira pode ser importada em qualquer outro software.

Após dois anos, com o surgimento de novas ferramentas de análise on-chain, o caso foi revisitado. Para surpresa, descobriu-se que os bitcoins foram enviados para a Binance.

Para piorar a situação, um dos IPs usados para acessar a corretora era da própria sede da polícia.

“Não consegui conceber nenhuma razão comercial válida para que um endereço IP associado à Polícia Federal da Austrália aparecesse”, comentou Deon Achtypis, detetive que investigou o caso. “Formei a opinião de que um policial pode ter estado envolvido na movimentação da criptomoeda.”

Para acusar Wheatley, e não outro membro, as evidências apresentadas também apontam que outro IP de acesso estava ligado a Ashley Tell, uma mulher que teria ligação com o policial.

Em sua defesa, Wheatley declarou-se inocente das acusações e afirmou que os bitcoins “foram usados como um auxílio de treinamento anonimizado para destacar os riscos únicos que as criptomoedas representam para a aplicação da lei”, disse ele.

Segundo advogado do acusado, o caso deve durar cerca de três meses e as provas apresentadas são “circunstanciais”.

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Autor:
Henrique HK