‘Fantasma da FTX’ assombra o mercado com possível liquidação de R$ 16,7 bilhões em criptomoedas

Além da FTX, outros dois 'fantasmas' podem estar preocupando investidores de Bitcoin. O primeiro deles envolve uma grande quantia de Bitcoin confiscado pelos EUA no caso da Silk Road.

Em processo de recuperação, a falida corretora FTX está prestes a liquidar R$ 16,7 bilhões (US$ 3,4 bi) em diversas criptomoedas, o que pode estar influenciando a ligeira queda do mercado no início desta semana.

Segundo documento publicado nesta segunda-feira (11), a maioria dessa soma está em Solana (SOL), representando R$ 5,74 bilhões (US$ 1,16 bi). Na sequência aparecem as duas maiores criptomoedas do mercado, Bitcoin e Ethereum, com R$ 2,76 bilhões (US$ 560 milhões) e R$ 948 milhões (US$ 192 milhões), respectivamente.

Além disso, a iminente venda de outros R$ 5,1 bilhões em Bitcoin pelo governo dos EUA é mais um evento que pode bagunçar os gráficos. O mesmo acontece com os R$ 17,1 bilhões em Bitcoin da Mt. Gox, a serem liberados no próximo mês aos seus antigos usuários.

FTX está prestes a vender R$ 16,7 bilhões em criptomoedas

A principal missão dos novos dirigentes da FTX é pagar todos os credores da falida corretora que ficou insolvente em novembro de 2022. Além disso, o plano parece tão bom que existe até mesmo a possibilidade da FTX reabrir suas portas.

Parte dessa estratégia envolve a liquidação de criptomoedas e outros ativos que não pertenciam aos clientes, mas faziam parte dos investimentos da empresa.

As somas das criptomoedas chegam a R$ 16,7 bilhões, e 72% desse valor são de apenas 10 ativos. Os outros 28% representam mais de 400 criptomoedas diferentes. O documento pode ser encontrado no site da Kroll.

Criptomoedas da FTX que podem ser liquidadas em plano de reestruturação. Fonte: Reprodução.
Criptomoedas da FTX que podem ser liquidadas em plano de reestruturação. Fonte: Reprodução.

Conforme a Solana (SOL) possui um valor de mercado de US$ 7,32 bilhões, o US$ 1,16 bilhão nas mãos da FTX representa cerca de 16% de todas as SOLs em circulação. Com a notícia da iminente venda, a SOL caiu cerca de 10% nas últimas 24 horas.

Na sequência aparecem Bitcoin e Ethereum. Embora os montantes não sejam tão preocupantes quanto no caso da Solana, já que essas duas criptomoedas são bem maiores, o mercado reagiu negativamente à notícia.

Bitcoin opera em queda de 3% nesta segunda-feira (11), cotado a US$ 25.100. Já as perdas do Ethereum chegam a 4%, cotado a US$ 1.560.

Outros ativos mencionados no documento estão em fundos, como da Grayscale, também apontando para um risco de uma grande pressão vendedora indireta. O mesmo acontece com o portfólio de capital de risco da empresa, que conta com US$ 4,5 bilhões.

Parte do portfólio da FTX. Fonte: Reprodução
Parte do portfólio da FTX. Fonte: Reprodução

A nova gerência da falida corretora de criptomoedas também listou 38 imóveis de luxo, localizados nas Bahamas, avaliados em cerca de R$ 1 bilhão.

Imóveis da FTX nas Bahamas. Fonte: Reprodução.
Imóveis da FTX nas Bahamas. Fonte: Reprodução.

Portanto, é possível que a FTX consiga reunir a quantia necessária para pagar todos os seus clientes lesados ao liquidar esses e outros ativos. No entanto, isso não só pode como já está causando um impacto negativo no mercado.

Investidores acompanham outras vendas massivas

Além da FTX, outros dois ‘fantasmas’ podem estar preocupando investidores de Bitcoin. O primeiro deles envolve uma grande quantia de Bitcoin confiscado pelos EUA no caso da Silk Road.

Em março, o governo americano confirmou a venda de 9.861 bitcoins (R$ 1 bilhão, na data), prometendo liquidar outros 41.490 BTC (R$ 5,1 bilhão) ainda em 2023. Em comparação, a soma é cerca de 4 vezes maior que os bitcoins nas mãos da FTX.

O outro fantasma é o da Mt. Gox. Hackeada em 2014, a corretora ficou insolvente e entrou em processo de falência, também prometendo recompensar os afetados por sua quebra.

Segundo as informações mais recentes, a Mt. Gox possui cerca de 138.000 bitcoins (R$ 17,1 bilhões), prontos para serem distribuídos entre seus antigos clientes. A data de distribuição está marcada para ter início já no próximo mês, no dia 31 de outubro.

Por fim, essas vendas sozinhas já causam grande estresse no mercado. Somadas, podem criar enormes pressões vendedoras e psicológicas jamais vistas em outro momento da história do Bitcoin.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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