Precisamos regular o mercado antes que ele vá para outra jurisdição, diz Fed

Sobre criptomoedas, em si, o governo não parece estar muito preocupado, afinal elas são tão transparentes quanto podem. Além disso não há nenhuma instituição que possa ser regulamentada, a não ser alguns setores como de mineração e negociação destes ativos.

Christopher Waller, membro do Sistema de Reserva Federal (Fed) dos EUA, falou sobre a importância de regular o setor de stablecois no país na quarta-feira (17) passada durante conferência sobre estabilidade financeira em Cleveland.

Segundo ele, é preciso tomar atitudes para proteger os consumidores. Caso isso não seja feito, estas moedas podem migrar para outras jurisdições, deixando os EUA sem nenhum controle sobre elas.

Esta parece ser uma jogada inteligente dos EUA à medida que cidadãos de outros países podem comprar a sua moeda com maior facilidade, ao mesmo tempo em que o país mantém controle sobre a emissão destas stablecoins. Parece que agora quem precisa tomar uma decisão são os outros governos, que possuem moedas mais fracas.

Stablecoins são o foco do governo

Waller mostra-se cético em relação a criação de uma CBDC pelo governo, segundo ele a inovação do setor privado consegue suprir as necessidades dos consumidores, ainda mais quando há concorrência. Todavia ele lembra que é preciso manter essas empresas dentro da jurisdição dos EUA, caso contrário não terão controle neste mercado.

“Este crescimento no uso de stablecoins e seu potencial para servir como um instrumento de pagamento de varejo despertou atenção regulatória, incluindo um novo relatório do PWG. Este relatório estimula o Congresso a limitar a emissão de “stablecoins de pagamento” a bancos e outras instituições seguradas.”, afirmou Christopher Waller

Assim como o Bitcoin, e outras moedas não-atreladas a outros ativos, um grande diferencial das stablecoins é o uso da blockchain. Servindo como um meio de pagamento universal e com uso em vários setores, tanto físico quanto digital.

Para nós brasileiros, por exemplo, é mais fácil ter exposição ao dólar através de uma stablecoin do que através de meios tradicionais, como uma conta em banco. O mesmo vale para cidadãos de outros países, também em termos de remessas internacionais.

Isso é ótimo para os EUA, pois mais pessoas utilizam — ou ao menos compram — a sua moeda. Todavia, como Waller ponderou, é preciso que os emissores sejam confiáveis, caso contrário os consumidores podem ser lesados.

Criptomoedas não parecem ser um problema

Sobre criptomoedas, em si, o governo não parece estar muito preocupado, afinal elas são tão transparentes quanto podem. Além disso não há nenhuma instituição que possa ser regulamentada, a não ser alguns setores como de mineração e negociação destes ativos.

A fala de Waller acaba, na verdade, fazendo com que governos de outros países abram os olhos para as stablecoins. Conforme o dólar é a moeda fiduciária mais forte atualmente, a facilidade de expor-se a ela poderia derrubar outras moedas.

Um bom exemplo de defesa a isso pode ser visto na Índia, onde o governo estará votando o banimento de criptomoedas privadas na próxima semana. Apesar disso, é possível que moedas como o BTC, ao contrário de stablecoins, possam continuar sendo usados como ativos, assim como o ouro.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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