O atual presidente da Colômbia, Gustavo Petro, está enfrentando acusações de parte de deputados do Congresso Nacional de ter recebido dinheiro ilegal para financiar sua campanha eleitoral, inclusive de uma pirâmide de criptomoedas.
A investigação se dá no Consejo Nacional Electoral (CNE), um órgão sob o controle dos congressistas. Contudo, este não tem o poder de remover o presidente do cargo, apenas de investigar irregularidades.
Considerado uma das alianças esquerdistas atuais da América do Sul, Petro é um dos aliados do presidente Lula na região.
Presidente da Colômbia pode ter recebido dinheiro de pirâmide de criptomoedas para financiar campanha eleitoral
No mês de outubro o CNE abriu a investigação contra Gustavo Petro, seu partido e vários de seus funcionários ligados a campanha que o levou a presidência em 2022. De acordo com informativo apurado pelo Livecoins, a campanha recebeu a suspeita de captar mais do que o permitido.
Ainda que o caso tenha iniciado em outubro, agora o CNE abriu uma acusação formal contra o atual presidente. Deputados da situação apontam uma tentativa de golpe de estado contra Petro, enquanto a oposição justifica que estão apenas fazer o seu trabalho, que é o de fiscalizar.
Entre os possíveis doadores que enviaram dinheiro a Petro, está em apuração o caso da pirâmide de criptomoedas Daily Cop, que prometia 0,5% fixo ao dia, ou até 12% ao mês. Os principais líderes do esquema receberam uma investigação liderada pelo Ministério Público colombiano e tiveram condenações para cadeia.
O advogado do principal suspeito de liderar a pirâmide de criptomoedas foi quem associou o presidente da Colômbia a possível irregularidade, conforme apurado pelo DW.
Presidente da Colômbia já defendeu o bitcoin no passado
Gustavo Petro é um dos presidentes de “esquerda” latino-americanos a defender o bitcoin publicamente, além de Nicolás Maduro da Venezuela. Isso porque, no passado, antes de ser eleito ao mais alto cargo do executivo em seu país, ele publicou uma mensagem em suas redes sociais sobre a moeda digital.
Na ocasião, ele defendeu que os países sul-americanos utilizassem o excedente da geração de energia para mineração de bitcoin, após ver que El Salvador havia adotado a prática. Petro chegou a defender que uma instalação pública de mineração ajudaria até no combate a cocaína, droga ilícita que tem forte associação com o país por conta da atuação passada de Pablo Escobar.
De qualquer forma, ainda não está claro se o Congresso da Colômbia poderá afastar Petro no futuro, mas o caso segue em discussão parlamentar.
No último domingo (17), Petro confirmou em sua conta no X que está no Brasil para a reunião do G20.
“Hoje sou convidado no Rio de Janeiro para o encontro dos 20 países mais poderosos do planeta, clube ao qual a Colômbia não pertence, não porque não possa, mas porque permitiu que a sua economia produtiva declinasse devido a medidas sanguinárias e autoritárias. miragens, e porque uma elite dominante hereditária e predatória.
Venho a esta reunião para falar sobre o que falo para o mundo, e o que vocês podem ler na minha entrevista traduzida na revista Time.
Com um progressismo que busca a paz, a redução da pobreza e da desigualdade e incentivos para conhecer, produzir e trabalhar, a Colômbia entrará no clube do G20.”
Hoy estoy invitado en Río de Janeiro, a la reunión de los 20 países más poderosos de la tierra, club al que Colombia no pertenece, no porque no pueda, sino por que ha dejado decaer su economía productiva por espejismos sanguinarios y autoritarios, y por una élite gobernante…
— Gustavo Petro (@petrogustavo) November 17, 2024