Com o Bitcoin batendo um novo recorde de preço, Ruchir Sharma, presidente da Rockefeller Capital Management, reconheceu o retorno da maior criptomoeda do mercado. Como destaque, afirmou que o “o Bitcoin parece cada vez mais um ativo com poder de permanência do que uma moda passageira”.
Talvez mais importante que isso é o local onde o texto foi publicado, no Financial Times (FT). Ao longo dos últimos anos, o tradicional jornal britânico de finanças zombou dos investidores de Bitcoin, mas tem se mostrado mais neutro desde a entrada da BlackRock no setor.
Ao contrário do FT, seus leitores ainda não mudaram de opinião. Nos comentários do artigo de Sharma há dezenas de pessoas dizendo que o Bitcoin é uma bolha que logo estourará.
Presidente da Rockefeller elogia os touros do Bitcoin
Ruchir Sharma foi direto ao assunto em seu texto. Citando que o Bitcoin subiu junto com ações de memes em 2021, o presidente da Rockefeller nota que agora são empresas de tecnologia estão em alta, principalmente pela exposição ao setor de inteligência artificial (IA).
“O Bitcoin não ganhou tração com a mania da IA”, pontua Sharma, notando que a maior criptomoeda do mercado não está sendo empurrada por alguém, mas que possui seus próprios motivos para estar em seu topo histórico.
“Eles [os touros] disseram que o bitcoin seria sustentado pelos limites inerentes à sua oferta.”
Como destaque, cita que o rali do Bitcoin está associado ao halving, esperado para meados de abril. Após o bloco 840.000, a recompensa dos mineradores será diminuída pela metade, cortando a inflação do BTC pela metade.
No texto, o executivo até cita que o Bitcoin é volátil, mas que essa volatilidade está diminuindo. Em relação ao seu uso como moeda, dá destaque para seu uso por países em crise, como El Salvador e Ucrânia.
Independente disso, a escassez do Bitcoin ainda é o principal atrativo para investidores.
“Grandes instituições agora veem a criptomoeda como um investimento legítimo”, comenta Sharma, destacando a mudança de pensamento do mercado. “O Bitcoin parece cada vez mais um ativo com poder de permanência do que uma moda passageira.”
“O retorno do Bitcoin é incrível.”
Por fim, o executivo cita um jargão de Wall Street para aqueles que chamam os investidores de Bitcoin de tolos: “apenas os tolos estão dançando, mas os maiores tolos estão apenas assistindo”.
Ainda sobre o Reino Unido, país do Financial Times, a Bolsa de Valores de Londres informou nesta segunda-feira (11) que passará a negociar produtos de Bitcoin e Ethereum, recebendo a permissão da FCA.
Artigo irrita leitores do Financial Times
Muitas pessoas já mudaram de opinião sobre o Bitcoin. Um dos maiores exemplos é Michael Saylor, fundador da MicroStrategy e hoje um dos maiores defensores do BTC do mundo.
“Os dias do Bitcoin estão contados”, escreveu Saylor em 2013. “Parece apenas uma questão de tempo até que sofra o mesmo destino dos jogos de azar online.”
#Bitcoin days are numbered. It seems like just a matter of time before it suffers the same fate as online gambling.
— Michael Saylor⚡️ (@saylor) December 19, 2013
Os exemplos seguem, incluindo Larry Fink, CEO da BlackRock. Agora até mesmo o Financial Times entrou para o ‘time laranja’.
No entanto, muitos leitores do jornal britânico ainda não pararam para estudar o Bitcoin e continuam céticos. Após serem chamados de tolos por Sharma, os leitores se mostraram incomodados.
“Perplexo sobre por que o FT publicaria isso… bitcoin é pura e simples especulação”, comentou um deles.
“É uma moeda cujo valor está ligado a estados falidos e crime organizado. Prove que estou errado”, comentou outro.
“O valor de equilíbrio de um ‘ativo’ inútil é zero, portanto, quando o atual frenesi de compras acabar, o antigo bitcoin irá quebrar. De novo”, comentou um terceiro, que recebeu a resposta “ouvi isso já faz uma década”.
Por fim, há um ditado no mundo das criptomoedas que diz “cada um compra Bitcoin pelo preço que merece”. Afinal, cedo ou tarde, todos acabarão baixando uma carteira.
