Um professor de computação da Unicamp definiu o Bitcoin como um esquema Ponzi em texto recente. Ao longo dos últimos anos o professor tem lutado contra a adoção do Bitcoin no Brasil e no mundo.
De acordo com Jorge Stolfi, o Bitcoin é perigoso e apenas os mineradores lucram com a atividade. Dessa forma, ele explicou em um breve artigo recente, usando cinco pontos, que o Bitcoin é uma fraude nos investimentos.
Os chamados esquemas Ponzi são fraudes que se caracterizam por lesar investidores em todo o mundo. Também chamadas de pirâmides financeiras, são responsáveis por criar promessas de investimentos irreais.
Apesar disso, o preço do Bitcoin não segue uma lógica, fruto de oferta e demanda. Mesmo assim, para o professor, as pessoas só tem interesse em comprar barato para vender caro.
Professor de computação da Unicamp definiu Bitcoin como um esquema Ponzi
Desde 2014, de fato, o professor de computação da Unicamp, Jorge Stolfi, fala sobre o Bitcoin. Em sua página institucional, inclusive, ele destaca o Bitcoin como um de seus “interesses públicos”.
Em 2016, por exemplo, Jorge enviou uma mensagem para a CVM dos Estados Unidos, a SEC, alertando contra os riscos de uma eventual aprovação de ETF de Bitcoin. Na sua visão, a moeda não é um bem, devendo ser regulada como título.
Além disso, consta em sua página uma palestra dada em 2017, quando Jorge falou que o Bitcoin é bom tecnicamente. No entanto, ele afirmou que o Bitcoin “sobrevive por razões erradas“.
Ao ingressar em 2021, Jorge continua com sua saga contra o Bitcoin, escrevendo um texto sobre o assunto. Contudo, seu interesse pelo Bitcoin o leva a acreditar que a moeda é um esquema Ponzi.
Em artigo publicado no dia 2 de janeiro, intitulado “Bitcoin is a Ponzi” (Bitcoin é um Ponzi), Stolfi levantou os motivos da sua crença. De acordo com ele, as pessoas só investem em Bitcoin porque esperam por grandes lucros.
Em sua visão, nem a recente adoção institucional, de grandes empresas, favorecem o Bitcoin. Segundo Jorge, esse movimento é feito por gestores com ciência de que o Bitcoin é um Ponzi. Ou seja, eles irão vender quando acharem o momento oportuno, o que seria normal em esquemas Ponzi.
Bitcoin não precisa estar associado a empresa para ser um Ponzi, afirmou doutor
Comum em esquemas Ponzi é a criação de empresas de investimentos. Contudo, o Bitcoin não é associado a nenhuma empresa ou governo para funcionar. Nem isso convence o professor doutor em computação da Unicamp, que afirmou que o Bitcoin é um Ponzi.
Como a comunidade brasileira tem criticado sua fala, o professor afirmou que as pessoas usam sempre os mesmos argumentos para criticá-lo. Entre os mais comuns, Jorge afirmou que as pessoas costumam dizer para ele se divertir permanecendo pobre. Outros apontam a idade de Jorge como justificativa para ele criticar o Bitcoin.
Apesar da fala do professor, é comum em esquemas Ponzi o oferecimento de rendimentos fixos. Alguns esquemas oferecem rendimentos de 5% ao dia, ou ao mês. No entanto, o preço do Bitcoin é feito pelo mercado, sendo que nesta segunda-feira (4), registra uma queda de 13% nas últimas 24 horas.
De acordo com um investidor bilionário e famoso no mercado financeiro, Paul Tudor Jones, o Bitcoin é um mecanismo contra a inflação. Dessa forma, o ativo seria equivalente ao ouro, o que justificaria sua grande adoção hoje. Essa opinião, é claro, é contrária ao que acredita o professor da Unicamp, que insiste que o Bitcoin é um Ponzi.